O ano eleitoral fomenta diversas discussões em campos variados. Agora, com as disputas municipais aquecendo os debates, a reforma do “Código Eleitoral” ou a “Reforma Eleitoral” começa ganhar novos contornos. Como se sabe, a disputa municipal está absolutamente ligada a 2026, quando as esferas estadual e federal vão buscar votos outra vez em um clima altamente polarizado entre a esquerda de Lula e a direita de Jair Bolsonaro. A disputa de 2022 ainda segue alimentando uma guerra de narrativas que, aos poucos, vai saindo do campo virtual e ideológico, para a realidade das ruas.
Durante a última reunião do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) dos sete governadores que integram o consórcio, pelo menos três deles – Ratinho Junior (PR), Romeu Zema (MG) e Eduardo Leite (RS) se manifestaram a favor do fim do estatuto da reeleição e pelo mandato de 5 cinco anos para os cargos do Executivo. Questionados pela imprensa, os governadores deixaram claras suas posições. “Gosto da ideia dos cinco anos. Quatro é muito pouco, talvez oito seja muito e acho que cinco é o equilibro de tempo do governante poder implantar um projeto de desenvolvimento para sua cidade, estado ou país”, disse o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), atual presidente do Cosud.
Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, seguiu a linha de pensamento de Ratinho, e afirmou que apenas quatro anos de administração gera dificuldades, já que “o país para a cada dois anos”, com as eleições municipais se alternando a escola de governadores, deputados, senadores e presidente.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ratificou a posição dos colegas do Paraná e Minas Gerais, ao avaliar os prejuízos de se realizar eleições a cada dois anos e também se manifestou favorável ao fim da reeleição e o mandato de 5 anos.
