Com as pesquisas mostrando que sua rejeição cresce enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro tem sua popularidade ampliada e consolidada, reunindo multidões de apoiadores em qualquer lugar, o presidente Lula reuniu sua equipe ministerial, ontem (18), pela primeira vez em 2024. Uma sequencia de pesquisas divulgadas neste início de 2024, mostram que a aprovação do Governo Lula e a popularidade do petista vêm caindo sequencialmente.
No último domingo (17), por exemplo, a primeira pesquisa eleitoral registrada no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), trouxe um retrato da desaprovação de Lula. Sobre a corrida eleitoral pela Prefeitura de Curitiba, a pesquisa revelou em “empate técnico” entre atual vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), com 15,8%, e os ex-prefeitos Beto Richa (PSDB), 13,1%, e Luciano Ducci (PSB), com 12,3%. No mesmo campo da margem de erro, também estão o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo), 11,5%, e o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil), com 10,9%.
De acordo com a Radar Inteligência, os dados revelam aprovação elevadas das gestões de Rafael Greca, prefeito de Curitiba, e do governador Ratinho Junior, enquanto a gestão do presidente Lula é reprovada com larga margem. Conforme o levantamento, 68,2% dos eleitores aprovam a Gestão Greca, 22,2% desaprovam e outros 9,6% não souberam ou não quiseram responder. Já Ratinho Junior, tem aprovação de 74,7% dos entrevistados; 17,6% desaprovam e 7,7% não souberam ou não quiseram opinar.
Lula reprovado
Quanto ao presidente Lula, apenas 30% dos entrevistados aprovam o petista, enquanto 62,3% reprovam o “Lula 3”. Outros 7,7% não souberam ou não quiseram opinar. O levantamento, feito e contratado pelo Instituto Radar Inteligência, tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Ao todo, 816 eleitores curitibanos foram ouvidos nos dias 11, 12 e 13 de março. O intervalo de confiança é de 95% e o registro no TRE é PR-07339/2024.
“Culpados”
Bem ao seu estilo, Lula voltou a culpar a gestão Bolsonaro pelos fracos resultados dos seus 14 meses de gestão. “Nosso primeiro ano foi um ano de recuperação. Todo mundo sabe que recuperar uma coisa estragada é mais difícil do que começar uma coisa nova. Todo mundo sabe a quantidade de obra que estava parada, as bolsas de pesquisas atrasadas”, disse.
Além de Bolsonaro, Lula também culpou “determinados setores” da imprensa pelo pessimismo instalado no país. “Se as pessoas não falam bem da gente ou bem das coisas que a gente fez, é a gente que tem que falar”, disse, reclamando de “determinados meios de comunicação e determinados editoriais”.
E, buscando tirar o foco da sua própria responsabilidade para a reprovação do seu governo, Lula voltou a insistir na tese do “golpe”. “Se, há três meses, quando a gente falava em golpe parecia apenas insinuação, hoje temos certeza que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022. E não teve golpe, não, só porque algumas pessoas não quiseram fazer, mas porque o presidente era um covardão”, disse.