Política

Bancada do PSL sob o risco de ruptura

No Legislativo municipal, o grupo do PSL é composto pelos vereadores Romulo Quintino, Sidnei Mazutti e Valdecir Alcântara

Câmara de Vereadores de Cascavel- Foto: Arquivo/ Hoje News
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) exige que os candidatos declarem seus bens ao se inscreverem para disputar cargos públicos. Foto: Arquivo/ Hoje News

Reportagem: Josimar Bagatoli 

A indefinição dentro do PSL (Partido Social Liberal) ameaça a continuidade de uma das maiores bancadas dentro da Câmara de Vereadores de Cascavel. A executiva não homologou sequer o grupo na esfera estadual. A composição ainda é liderada pelo deputado Fernando Francischini, mas não está devidamente registrada.

Em Cascavel, o diretório municipal tem na presidência o deputado estadual Coronel Lee, pré-candidato à prefeitura. Porém, também não há nada registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), situação que põe em risco a manutenção do grupo e também a adesão de mais candidatos para o próximo pleito.

No Legislativo municipal, o grupo do PSL é composto pelos vereadores Romulo Quintino, Sidnei Mazutti e Valdecir Alcântara. Cada um com uma estratégia e com perfil diferente de eleitores: Quintino tem forte aprovação religiosa, sobretudo os evangélicos, Mazutti tem a categoria de contabilistas como ponto favorável, e Alcântara é conhecido por atender as demandas comunitárias. Quintino foi o mais votado no pleito passado, com 3.397 votos, o que corresponde a 2,04% dos votos válidos. Juntos, eles representam diretamente mais de 7 mil eleitores.

Como as eleições se aproximam, a saída seria inevitável diante do clima de instabilidade dentro do PSL. De 5 de março a 3 de abril ocorre a chamada “janela partidária”, quando os vereadores poderão mudar de partido por justa causa para concorrerem nas eleições sem perder o mandato. Em 4 de abril finaliza o prazo para aqueles que desejam concorrer a um cargo eletivo estarem filiados a um partido.

Os vereadores ainda não confirmam a saída, mas, como não há consenso entre o grupo, cada um deverá buscar uma sigla diferente, caso o PSL não tenha uma estruturação. “Se não tiver diretório, será preciso buscar uma alternativa. Outros partidos estão montando os grupos de candidatos, vamos analisar até lá se aceitarão vereadores com mandato”, explica Mazutti.

Quintino aguarda inclusive orientações a respeito da formação do Partido Aliança Pelo Brasil, recém-criado pelo presidente Jair Bolsonaro. “Está tudo muito confuso, não sabemos se o partido estará pronto até o pleito. Temos que esperar”.

Alcântara não foi encontrado pela reportagem.

Se confirmadas essas saídas, quem ganha é o PSC, que passa a ser o partido com mais membros eleitos: Alécio Espínola, Misael Júnior e Carlinhos Oliveira. O PDT, que também possui três eleitos (Fernando Hallberg, Serginho Ribeiro e Aldonir Cabral), deve ter a baixa de Cabral, fiel ao ex-prefeito Edgar Bueno, que agora está no Pros (Partido Republicano da Ordem Social).