Policial

Ex-marido mata de forma cruel e não confessa para ir ao velório

Ele confessou o crime após a polícia encontrar as roupas que ele usava, com marcas de sangue da vítima.

Ex-marido mata de forma cruel e não confessa para ir ao velório

Palotina – Um crime brutal, frio e cruel foi registrado no fim de semana em Palotina. Franciele de Lima Meira Carmo, 27 anos, foi encontrada morta dentro de casa no fim da tarde de sábado (15) com as mãos e os pés amarrados e um corte profundo no pescoço. Quem acionou a polícia foi o ex-marido da vítima, que acabou preso no dia seguinte. Ele confessou o crime após a polícia encontrar as roupas que ele usava, com marcas de sangue da vítima. “Nós falamos com várias pessoas que conheciam a vítima e, como ela não tinha inimigos, não houve roubo no local e não tinha relacionamento, nós fomos atrás dele. Ele negou até encontrarmos as roupas que ele usou, que ele tinha lavado mas que ainda assim tinham sinais de sangue”, relata o delegado responsável pela investigação, Pedro Lucena.

O delegado conta que o acusado tem traços de psicopatia e que em momento algum demonstrou arrependimento: “Totalmente frio. Ele deu detalhes do crime. Disse que tinha feito uso de cocaína e que dois começaram a brigar, quando ele a amarrou e deu a facada no pescoço. Antes de a matar, ele pegou a filha de três anos dos dois e a colocou dentro do carro para que ela não visse a mãe morrer. Ele ainda falou que tomou banho no local, após o crime, onde lavou as roupas que usava e voltou três vezes ao local depois que ela já estava morta. Ele deixou as portas abertas para que algum vizinho notasse algo de estranho, mas, como ninguém viu, ele mesmo ligou para a polícia na noite de sábado e disse não saber o que tinha acontecido”, explica o delegado.

Prova de amor

Segundo o delegado, o homem disse em depoimento que não confessou o crime antes porque queria participar do velório e arcar com os custos do enterro como forma de declarar seu amor pela vítima.

Pedro Lucena conta que a criança não ficou ferida e que está em um abrigo até que a Justiça defina o destino dela. O suspeito é quem tinha a guarda da menina, que pode ser passada aos pais dele.

Como foi preso em flagrante, o homem aguarda a audiência de custódia na Delegacia de Palotina e depois deve ser transferido para uma penitenciária de Foz do Iguaçu.

O delegado lembra que a pena pelo crime pode variar de 12 a 30 anos de prisão, mas que, por conta da crueldade, o acusado deve receber a condenação máxima.

Assassinato e estupro

Já em Cascavel, a Delegacia de Homicídios segue com as diligências para identificar o autor do estupro seguido de assassinato de Andressa Brito de Souza de Lima, 26 anos, ocorrido na última sexta-feira (14), na Vila Cajati, zona rural.

Ela foi encontrada morta dentro da própria casa por vizinhos. O bebê da vítima, de dez meses, teve um ferimento na cabeça e foi vítima de tentativa de sufocamento, mas foi salvo pela polícia.

Buscas pelo criminoso são realizadas pela região com cães farejadores e drone.

Algumas pessoas já foram ouvidas pela polícia e outras passaram por exames no IML (Instituto Médico Legal), mas até o momento não foi divulgada informação sobre suspeitos.

A DH informou, por meio de nota, que continua procurando o autor desses crimes e que até o momento não houve interrogatório nem detenção de qualquer suspeito. Foram coletados depoimentos e materiais para perícia.

Qualquer informação ou denúncia sobre o caso pode ser repassada de forma anônima pelos telefones 197 da Polícia Civil, ou 99909-3842, que é o celular de plantão da Delegacia de Homicídios de Cascavel.