Ricardo Feinstler, advogado do policial militar Jean Roberto Capistrano, que foi absolvido na última sexta-feira (13) em júri popular da acusação de homicídio de Domingos Galon registrado em 2017, em Santa Tereza do Oeste, esclareceu argumentos utilizados no júri.
Ele ressaltou que Jean agiu em legítima defesa, segundo as regras de abordagem da PM, e chamou a atenção para erros contidos no inquérito realizada pela PM, a exemplo da informação de que Jean teria recebido R$ 40 mil para executar o idoso. “Essa informação não existe em nenhum processo. Ela foi divulgada na época pelo comando da PM e acabou causando uma comoção diante do caso, mas não existe nada relacionado a essa informação no inquérito. Assim como não existe nada que prove que Jean tenha colocado uma arma na mão da vítima para simular um confronto. A própria família confirmou que o idoso tinha arma em casa”, esclarece Ricardo.
Ele ainda afirmou que o PM teve o direito de usar a farda negado durante o julgamento e que colegas policiais foram proibidos de assistir ao júri.
Jean esteve preso durante o processo, que durou dois anos, e agora, em liberdade, está afastado para tratamento médico. Ele deve voltar ao trabalho no mês de outubro.
Os outros dois policiais também acusados pelo crime devem ir a júri nos próximos meses.
A Polícia Militar foi procurada, mas não retornou sobre as declarações do advogado.