O Brasil tem exatas 5.570 cidades e um total de 14.403 obras paradas. Numa média simples, equivale a quase três obras abandonadas por município. É dinheiro público que literalmente apodrece sob a ação do tempo enquanto milhões de pessoas ficam desassistidas do bem que seria construído ali.
Essas obras estão orçadas hoje em R$ 144 bilhões. Valor que foi “empatado” nisso e que provavelmente será reajustado para que sejam concluídas.
No Paraná, os números também são absurdos. São 1.463 obras, que, considerando o mesmo cálculo acima, representa 3,6 estruturas abandonadas por cidade. Nesse caso, a conta chega a R$ 1,375 bilhão.
Agora, uma força-tarefa é criada para em 30 dias apresentar um diagnóstico que permita avaliar o que fazer para que essas estruturas saiam do chão.
Claro que essa é a prioridade. Inclusive, já passou da hora de isso acontecer.
Mas, depois disso, seria imprescindível que se explicassem por que esse montão de cimento e tijolos e dinheiro foram deixados ao deus-dará. Ao que tudo indica, são obras paradas por irregularidades desde os processos de licitação e de medição. Certamente serviram de palanque para políticos mostrarem como são eficientes, os quais nunca mais voltaram para explicar o que houve ali.
Vale considerar que, além da possível necessidade da obra, a qual a população espera ser sanada, há ainda outro ponto interessante: a retomada delas significa a roda da economia girando.
A prioridade é tirar a poeira e concluir os projetos. Depois, aplicar as punições a todos aqueles que deixaram isso acontecer.