Opinião

Coluna Juliano Gazola: A servidão cura

Coluna Juliano Gazola: A servidão cura

Uma geração inteira pode estar comprometida com um mal, que há tempos vem nos deteriorando como imagem e semelhança.

Nestes últimos tempos, temos produzido gerações de vitimas. E olha que atualmente existe no mercado, uma infinidade de cursos que tentam ensinar homens e mulheres a serem homens e mulheres.

Infelizmente é comum a desconstrução de um homem para que ele busque caber em um estereótipo mais descolado. Ou mesmo, percebemos vários homens espelhando personagens refutáveis com o desejo de se sentirem mais masculinos.

No feminino, também há a necessidade de que alguém as ensine a serem mais fêmeas e gentis. Este movimento é fruto de uma grande insegurança e vitimização.

A virilidade de um homem não se mede com ele tentando prova-la com reatividade e violência, tampouco em destruir sua masculinidade frágil. Uma mulher não precisa passar a vida toda pensando em como conquistar um homem e ser modesta ao mesmo tempo.  A masculinidade e a feminilidade surgem, de forma mui natural, sem forçar situação nenhuma com a composição de um coração sadio.

Homens, sua companheira não é sua terapeuta, a sua insegurança e vitimismo é que tornou isto uma realidade.

Assim como mulheres que exigem prêmios por sua habilidade em multitarefas, numa relação casa e trabalho. Em vários casos, a vitimização e a exigência de prêmios, escancara uma grande possibilidade nos relacionamentos. A infidelidade.

Um casamento a beira da infidelidade, não precisa exclusivamente achar o ponto exato da virilidade e da fêmea perfeita. O que de fato precisamos é explodir a nossa capacidade de viver como vítimas e diminuir a insegurança.

Proponho-lhe aqui um breve exame para saber se você esta contaminado com o vírus do mimimi e da insegurança. Mas lhe ofereço opção de medicamento para a cura.

Para o macho e a fêmea a solução é a mesma. Esta se ouvindo muito que as mulheres não estão mais femininas e que não existem mais homens como antigamente. Ora, sabemos que a insegurança é um vírus que não escolhe o sexo.

Um rápido exame de consciência através de algumas perguntas, para você encarar seu espelho da verdade.

Você fica com raiva, ao chegar a casa, em lavar uma louça suja, que não foi você que sujou?

Você muda com frequência o seu jeito, para não perder o seu cruch?

Você faz tudo para todos, na casa e no trabalho e mesmo assim ninguém te valoriza?

A pessoa que você escolheu para a vida toda, é seu terapeuta 0800 (gratuito)?

Você admite seus defeitos, com muita relutância, mas só se seu cônjuge também admitir os dele?

Você quer passar imagem de segurança, mas só se o outro compreender as suas lágrimas?

Respondeu SIM para todas as perguntas, sinto em lhe dizer que você esta contaminado pelo vírus.

Calma, o remédio para isto se chama dever cumprido. Pense imediatamente em algum dever que você deseja melhorar. Seja nas pequenas coisas, no trabalho e família. Ainda, execute sem reclamar.

Toda vez que você for choramingar dizendo que ninguém liga pra você, que não é atraente o suficiente, vá servir para alguma coisa. Quem vive para o dever não ficará frustrado, chorando pelos cantos.