Coluna Isto Posto

Decepção

Cascavel e Paraná - Decepcionante. Renato Silva é um cidadão de boa índole, boa formação, religioso, exemplar chefe de família. Ao vê-lo em articulações nos últimos dias e o conhecendo de longa data, confesso que me decepcionei e, tenho quase que certeza de que seus eleitores também, mesmo por que, seu estado de espírito, que deve ter sido alvejado com intensidade, chegou até a perder o controle emocional, numa entrevista e, foi ao ponto de praticar um gesto de agressão contra um repórter, empurrando-o. (!) Do lado de cá, Caro Renato, nós sentimos também aquele empurrão. Mas, convenhamos talvez o empurrão, apesar de condenável, seja o de menos diante do quadro político que se ergueu à nossa frente, com brutalidades econômicas contra a população, desferidas pela proposta da Prefeitura e apoiadas pela maioria da Câmara de Vereadores, talvez, repito, seja “o de menos” já que “pancada maior que o empurrão no repórter” se tornou a esfolada, através do IPTU, que numa arrogância indescritível, avançou até o futuro que ao Prefeito não pertence, mas estendeu a punhalada, para os anos seguintes, período que não será respondido nem por ele e nem pelos vereadores, que se investiram no direito de confiscar o dinheiro do povo, aprovando lei (acho que além de destemperada, ilegal) para vigorar por anos à frente, quando a sociedade estará comprovadamente modificada. Prefeito e vereadores… O que os senhores sabem a respeito de “progressão social” para daqui a anos, a ponto de apunhalar agora – e para valer no futuro – essa despudorada escala de aumentos do IPTU? Isso é “legislar” em favor do povo? Já não bastam as ações vergonhosas em torno do lixo em Cascavel, compra de ônibus, “aluguel da árvore” (arrrgh) transportes coletivos – água e tudo o mais que despudoradamente são aprovações que se espicham por anos, cujos propósitos não nos são informados… “mas desconfiamos”?

GRIFE  

Esta Coluna, despretensiosamente, alertou que “iríamos nos separar do prefeito descondenado, no final de mandato, mas não iríamos nos livrar dele”. Dito e feito. Consta ter sido planejado por ele e deixado para execução de seu sucessor, o escárnio do IPTU e o aluguel de árvore. Se nos enviar desmentido, publicaremos.

FOLHETINS

MESA DE BAR   

(lembrando L. F. Veríssimo)

 Delegado chega ao local onde ocorreram várias mortes e fala com uma testemunha:

-Você viu o ocorrido?

– Sim. Primeiro o Juca rachou a cabeça do João com uma enxadada. Depois, o irmão do João deu dez facadas no Juca. Depois chegou o Zé Navalha e abriu as barrigas de uns três que estavam na lambança. Naquela hora o dono no bolicho saiu do balcão e veio cortando todo mundo na base da adaga. Em seguida o Zé Antonio sacou do 38 e atirou nuns quatro. Pra que… A mulher de um dos baleados entrou no meio do rebuliço e com a faca da cozinha foi cortando todos pela frente.

– E a partir daí, o que aconteceu?

– Bem… Foi a partir dali que COMEÇOU a briga.

– Garçom… Mais uma gelada, por favor!