Política

Vereador diz não à erotização infantil

Com declarado apoio ao Executivo municipal, Misael Júnior pretende seguir com atuação ao lado do prefeito Leonaldo Paranhos (PSC). O vereador tem o apoio de evangélicos e se declara “defensor dos direitos da família e das crianças”.

Misael afirma que segue contra a “erotização das crianças”. Para ele, quanto mais tarde tocar no assunto com as crianças, melhor.

HojeNews – De que maneira é possível, enquanto vereador, assegurar a defesa da família?

Misael – São atividades propostas e existe muito a se fazer. Realizamos por meio de lei da Câmara, que coincidentemente foi proposta pelo prefeito Leonaldo Paranhos, o Domingão Fechadão – quando a Avenida Brasil fica fechada para o trânsito dando espaço para as famílias. Esse é um exemplo que fortalece os vínculos familiares.

HojeNews – Ano passado uma aula sobre prevenção a doenças sexuais no Ensino Fundamental causou polêmica. Quais instrumentos a Câmara tem para evitar casos assim?

Misael – Esse foi um caso isolado, pois quando iniciamos nosso trabalho nos precavemos quanto diretores, professores e Secretaria de Educação. Todos tiveram o entendimento de resguardar a infância e não levar a erotização para as crianças – esse foi um caso sem a anuência dos diretores. Os pais acharam que era outra forma de estudo, mas quando se depararam com as aulas ficaram chocados. Não temos nada contra as pessoas com maturidade sexual, com outras escolhas. No entanto, não podemos aceitar erotização das crianças. Na escola, que aprendam a ser cidadãos, nossa língua, os direitos e os deveres… O ato sexual deve ser discutido apenas com jovens que tenham maturidade para isso. Quanto maior a discussão entre crianças, mais rápido elas têm vida sexual ativa…

HojeNews – Qual a articulação para assumir uma Comissão Permanente?

Misael – Estamos em discussão com os vereadores. Ano passado integrei a Comissão de Agricultura e Meio Ambiente. Agora, é evidente que, por ser advogado, seria importante minha atuação na Comissão de Justiça e Redação. Mas não é uma necessidade, visto que muitos projetos chegam a passar por essa comissão e são rejeitados em plenário… por equívocos, pedidos de vista, enfim, não foram aprovados.

HojeNews – Qual sua avaliação sobre a atuação da Comissão de Justiça nesta legislatura?

Misael – Entendo que deram os pareceres dentro das lógicas que eles abordaram, não que eu concorde. Adotaram uma lógica jurídica. Talvez se eu estivesse lá teria outra…

HojeNews – Dá para manter a fiscalização do poder público sendo base governista?

Misael – A oposição acha algo que está errado e joga no ventilador. Nós achamos e ligamos para o secretário, o prefeito e os diretores de pastas… Por exemplo, a CPI das Fossas – na gestão anterior – identificou esgotos na frente das escolas e após nosso trabalho houve a instalação da coleta e do tratamento. Já a oposição, quando acha que está errado, joga tudo no ventilador.

HojeNews – Qual sua expectativa sobre a atuação de Alécio Espínola como presidente?

Misael – Alécio vem de lutas grandes dos bairros e do setor comunitário. Torço para que seja perfeito nas ações, sendo assim, trará a todos os vereadores um bom resultado. Quero ser amigo para que ele possa fazer a melhor administração possível. Tenho feito assim para o Paranhos e assim chegamos a ser referência no Estado, onde o governador Ratinho Júnior elogiou os trabalhos.

HojeNews – Que lição fica sobre a candidatura a deputado estadual, com 12.195 votos?

Misael – É uma semente plantada. Foi uma eleição difícil e atípica. Os eleitores estavam determinados a votar em candidatos de direita e esquerda. Estava em uma situação de equilíbrio e não recebi esses votos de pessoas que esperavam uma mudança radical. Conheci muitas cidades do Paraná e tive o apoio de muitas pessoas.