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Tocha da Paralimpíada é acesa em cerimônia com Temer e campeão paralímpico do atletismo

BRASÍLIA – A tocha paralímpica foi acesa nesta quinta-feira pelo presidente interino Michel Temer e pelo medalhista Yohansson Nascimento em cerimônia no Palácio do Planalto. O paratleta, que foi ouro e prata no atletismo em Londres (200 metros e 400 metros rasos, respectivamente), pediu que a torcida brasileira continue mobilizada para a Paralimpíada, mande pensamentos positivos e ore pelos competidores. Sua meta é que o Brasil chegue ao fim dos Jogos entre os cinco países com mais medalhas. Quando discursou, Temer também disse esperar que os paratletas brasileiros tragam mais premiações do que as 19 medalhas conquistadas pela delegação olímpica. Além do corredor alagoano, outros 40 atletas paralímpicos participaram da solenidade.

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– Vamos continuar deixando a chama acesa, vamos continuar com esses pensamentos positivos. Não tenho dúvida que todos vocês vão escutar o hino nacional todo dia, com a gente no lugar mais alto do pódio – disse Yohansson.

O revezamento da tocha paralímpica só começará no dia 1º de setembro. Após o acendimento, a chama paralímpica voltou para a lanterna de segurança, uma espécie de lamparina, onde ficará guardada até o início do revezamento. Na Olimpíada, a tocha olímpica foi acesa no Planalto e de lá já começou a ser levada de mão em mão até chegar ao Maracanã para a abertura oficial do evento.

Na cerimônia de acendimento da tocha, Temer disse que independentemente da posição que esteja ocupando no dia da abertura dos Jogos Paralímpicos, no dia 7 de setembro, estará no Rio para participar da festa.

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– Em qualquer circunstância, esteja eu na posição que vier a estar, eu quero dizer que é com muita emoção, com muita alegria cívica e com muito patriotismo que eu irei à abertura dos Jogos Paralímpicos – anunciou.

O presidente interino sugeriu que os atletas brasileiros paralímpicos terão um desempenho melhor do que aquele da delegação olímpica. Segundo o presidente interino, os paratletas trarão ao menos quatro medalhas a mais.

Ele iniciou seu discurso dizendo que nunca esteve tão emocionado nas cerimônias do governo interino, que já passa de cem dias. E declarou que não há crise que dure no Brasil, sem fazer referência direta às crises econômica e política nacionais. Temer disse que, assim como o Brasil, que se supera a cada dificuldade, os atletas paralímpicos são exemplo de superação.

Não há crise que dure muito tempo, no Brasil. O Brasil logo se supera. No caso das pessoas com deficiência, não há crise em nenhum momento, porque a participação é com tal entusiasmo que ficam enaltecidas suas atividades

– É algo que traz para o Brasil, se quiserem falar novamente em superação, aquilo que o Brasil faz a cada momento da sua história. O Brasil também se supera a cada instante. Não há crise que dure muito tempo, no Brasil. O Brasil logo se supera. No caso das pessoas com deficiência, não há crise em nenhum momento, porque a participação é com tal entusiasmo, com tal animação, com tal ênfase, que ficam enaltecidas as suas atividades – discursou.

Antes dele, falou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, que comemorou a venda recorde para a Paralimpíada na última quarta-feira, quando foram vendidos 145 mil ingressos, segundo ele. O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, também admitiu que os organizadores não chegaram a ?sofrer?, mas ficaram ansiosos com relação à venda de ingressos. Nuzman destacou que, como legado dos Jogos Paralímpicos, o Rio vai receber 62 km de novas calcadas acessíveis e 2.600 ruas requalificadas, um investimento de R$ 2 milhões. .

Parsons citou Yohansson e disse que, apesar da deficiência, o atleta, que nasceu sem as mãos, faz tudo “o que todo mundo faz, mas do jeito dele”. Foi ele que, ao lado de Temer, acendeu a tocha paralímpica.

– A deficiência é relativa. O esporte nos faz ver isso da melhor forma possível. Os atletas paralímpicos nos acorda para isso. Não temos outro mundo para ir, então temos que consertar este. Os atletas paralímpicos não têm tempo de ficar pensando o que não funciona no corpo deles, eles maximizam o que funciona – afirmou.