Política

Reunião com Ratinho Jr em Brasília fecha as portas do PSB para Requião

Reunião no gabinete do senador Roberto Requião (PMDB-PR) para discutir o PLS 155/2015 que modifica a Lei de Responsabilidade Fiscal para disciplinar os benefícios tributários, definindo o conceito e regulando sua instituição; prevê regras relativas à apresentação de relatórios com estimativas de perdas de receita e avaliações quanto ao alcance de metas...Participam:.senador Lindbergh Farias (PT-RJ); .senador Roberto Requião (PMDB-PR); .senadora Fátima Bezerra (PT-RN); .senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)...Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Reunião no gabinete do senador Roberto Requião (PMDB-PR) para discutir o PLS 155/2015 que modifica a Lei de Responsabilidade Fiscal para disciplinar os benefícios tributários, definindo o conceito e regulando sua instituição; prevê regras relativas à apresentação de relatórios com estimativas de perdas de receita e avaliações quanto ao alcance de metas...Participam:.senador Lindbergh Farias (PT-RJ); .senador Roberto Requião (PMDB-PR); .senadora Fátima Bezerra (PT-RN); .senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)...Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Brasília – O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) reuniu-se, na última terça-feira (31), em Brasília, com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o presidente estadual, Severino Araújo, os dois deputados federais paranaenses da legenda, Aliel Machado e Luciano Ducci, e os cinco deputados estaduais do partido. Apesar de o nome do ex-governador Roberto Requião nem ter sido citado no encontro, a reunião serviu para afastar a possibilidade de que Requião, que acaba de deixar o MDB, filie-se ao PSB para disputar o governo do Estado em 2022.

A presença de todos os deputados estaduais da legenda (Alexandre Curi, Artagão Junior, Jonas Guimarães, Luiz Cláudio Romanelli e Tiago Amaral), que se deslocaram de Curitiba a Brasília apenas para a reunião, serviu para deixar claro à direção nacional do PSB o apoio da bancada a Ratinho Junior e a posição contrária à filiação de Requião.

Siqueira, que vem buscando fortalecer o PSB nos estados e consolidar o partido como uma das lideranças de oposição ao presidente Jair Bolsonaro, filiando Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, e o governador Flávio Dino, no Maranhão, havia sondado Requião para assumir esse papel no Paraná. À exceção de Tiago Amaral, os demais deputados estaduais do PSB são ex-filiados ao MDB que deixaram o partido em atrito com o grupo de Requião.

O presidente do PSB no Paraná, Severino Araújo, divulgou nota confirmando apoio à reeleição de Ratinho Junior: “Já há uma aliança construída e que agora será fortalecida. Teremos candidatos competitivos para reforçar o PSB e trabalhar pelo desenvolvimento econômico e social do Paraná”.

Severino diz que o partido buscará espaço na chapa majoritária de uma eventual coligação, com uma candidatura ao Senado ou a vice-governador.

Mas a aliança ainda não é dada como certa pela direção nacional da legenda, que tratou a reunião como “uma primeira conversa, de aproximação”, e lembrou que o PSB tem uma pauta nacional bastante clara e estará na oposição a Jair Bolsonaro nas eleições do ano que vem. Assim, pondera uma fonte do partido, a proximidade de Ratinho Junior com o presidente da República seria um obstáculo a ser vencido para confirmar essa coligação.

Já Severino Araújo não vê conflito: “Estamos apoiando o Ratinho Junior, não o Bolsonaro. O PSB não apoia o Bolsonaro em hipótese alguma. Mas o partido do governador é o PSD, do Kassab [Gilberto], que, certamente, não estará com Bolsonaro. Então, não há problema nenhum”.

Após o encontro do PSB com Ratinho, Requião esbravejou no Twitter: “Fui convidado a ingressar no PSB. Ratazanas bolsonaristas, em comissão, visitaram o presidente Siqueira. Encaminharam contra a minha entrada! Qual a opinião do Siqueira, do Freixo, e do Flávio Dino?”