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Preso por corrupção na concessão da Copa 22, Platini nega acusações

Platini se declarou inocente das acusações, segundo seus advogados.

Zurique – Ex-jogador da seleção francesa e ex-presidente da Uefa, Michel Platini foi preso, ontem, no âmbito da investigação sobre corrupção na concessão da Copa do Mundo de 2022, que será no Catar.

Sob custódia policial nas instalações do Escritório Anticorrupção da Polícia Judiciária em Nanterre, próximo a Paris (FRA), Platini se declarou inocente das acusações, segundo seus advogados.

O ex-jogador, que foi presidente da Uefa de 2007 a 2015, cumpre uma suspensão de quatro anos – que expira em outubro – por violar o código ético da organização ao aceitar, em 2011, um pagamento autorizado pelo então presidente da Fifa, Joseph Blatter, de aproximadamente 1,8 milhão de euros por trabalhos feitos entre 1998 e 2002.

Além de Platini, foi presa na mesma operação uma antiga conselheira do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, Sophie Dion, enquanto que o ex-secretário-geral do Palácio do Eliseu, Claude Guéant, prestou depoimento sob o status de “suspeito livre”, segundo o jornal “Le Monde”.

Em 2016, a Promotoria Nacional Financeira abriu uma investigação por suposta corrupção na escolha do Catar para sediar a Copa de 2022, na qual o próprio Platini já havia prestado depoimento como testemunha em dezembro de 2017.

A investigação é centrada na reunião ocorrida em novembro de 2010 entre as autoridades do Catar com Sarkozy e Platini, na sede do governo francês, que também contou com a participação de Guéant e Sophie Dion.