Policial

Operação-padrão trava a transferência de mais de 100 presos

A principal medida adotada pelos agentes na operação-padrão - iniciada na semana passada - é a de não realizar escoltas/transferências de presos, sobretudo as de longa distância.

Operação-padrão trava a transferência de mais de 100 presos

Reportagem: Juliet Manfrin 

Brasília – A reunião dos representantes sindicais ligados à Fenafep (Federação Nacional dos Agentes Federais em Execução Penal) nesta semana, em Brasília, com a direção-geral do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), a direção do SPF (Sistema Penitenciário Nacional) e o Ainfe (Assessoria de Informações Estratégicas), tratou dos andamentos da reestruturação das carreiras e da operação-padrão nos cinco presídios federais de segurança máxima – Catanduvas/PR, Mossoró/RN, Porto Velho/RO, Campo Grande/MS e Brasília/DF.

Segundo a Federação, a direção-geral informou estar trabalhando com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pela aprovação da reestruturação da carreira. A direção informou ao ministro os motivos pelos quais há insatisfação dos integrantes da carreira.

Como a reestruturação impacta nos caixas da União, Moro teria adiantado que só iria falar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, se a operação-padrão deflagrada pelos agentes for encerrada. Condição que deve ser discutida pelos agentes em assembleias gerais nos próximos dias.

No caso de a operação-padrão continuar, o Depen cogita a necessidade de solicitar apoio das tropas da Força Nacional. Isso porque existem mais de 100 ordens judiciais de movimentação de presos para serem cumpridas. É que a principal medida adotada pelos agentes na operação-padrão – iniciada na semana passada – é a de não realizar escoltas/transferências de presos, sobretudo as de longa distância.

A categoria insiste que a aprovação da medida ocorra até o dia 31 deste mês, para que possa entrar no orçamento da União de 2020.