Saúde

Julho amarelo alerta para doença rara: câncer ósseo

Diagnóstico precoce e terapia adequada aumentam as chances de cura

Julho amarelo alerta para doença rara: câncer ósseo

As células do nosso organismo estão em constante multiplicação para a renovação da pele, glóbulos vermelhos do sangue e até mesmo o tecido ósseo. Porém, quando essa produção celular acontece em volume maior do que o necessário, forma-se um tumor que pode ser benigno ou maligno, dependendo do seu tipo celular. Apesar de raro, essa célula cancerígena pode cair na corrente sanguínea e se alojar nos ossos, formando o câncer ósseo.

De acordo com a SBC (Sociedade Brasileira de Cancerologia), no Brasil surgem aproximadamente 2,7 mil novos casos de câncer ósseo por ano. Segundo o oncologista Pedro Péricles, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, ainda que represente apenas 1% dos casos, a doença é perigosa e necessita de diagnóstico e tratamento precoces para aumentar as chances de cura. “O câncer pode se desenvolver diretamente no aparelho locomotor – ossos, músculos, vasos, nervos, articulações – ou por metástase de tumores localizados em outros órgãos como mama, pulmão, próstata, entre outros. Não existem fatores de risco diretamente relacionados ao desenvolvimento da doença. Por isso, a causa ainda é desconhecida”, explica o médico.

Tipos

Os tumores ósseos mais comuns são o osteossarcoma, condrossacoma, sarcoma de Ewing e lipossarcoma. De acordo com o especialista, existem vários tipos, sendo que cada um possui características próprias de surgimento pela faixa etária. “Por exemplo, o sarcoma de Ewing é mais frequente em crianças, o osteossarcoma nos adolescentes e o condrossarcoma na fase adulta”, detalha Péricles.

Sintomas

Dor, inchaço, calor local e com o passar do tempo alguma limitação no movimento, podendo até ocorrer fratura decorrente da lesão óssea.

Diagnóstico

O câncer ósseo pode ser diagnosticado através do histórico de vida e exame clínico e a partir dessas avaliações, são solicitados os exames complementares e específicos. “Os principais são o hemograma para dosagens de cálcio e fósforo e do PSA, e de imagem, como a radiografia, mapeamento ósseo, ressonância magnética e biópsia”, conta o médico.

Tratamentos

A forma de tratar a lesão óssea varia de acordo com a localização do tumor, da idade, da intensidade do comprometimento do tecido e outros detalhes exclusivos de cada caso. “Os métodos podem incluir apenas um tipo de terapia ou necessitar de associações de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Entretanto, as melhores chances de cura estão nos casos de diagnóstico precoce”, finaliza o especialista.

Dicas

Você sabia que um simples raio-x pode identificar um câncer ósseo? A questão é ficar atento se houve alguma mudança em seu corpo como uma dor ou um inchaço que não existiam antes. A doença atinge, principalmente, crianças e adolescentes e quando identificada precocemente as chances de cura aumentam em 70%.

A dica de sempre para prevenir esse e outros tipos de câncer é evitar alimentos embutidos, dar prioridade para frutas e verduras e se esforçar para praticar alguma atividade física, podendo ser uma caminhada de até 30 minutos, por exemplo.