Política

Informe da redação: eleições, óbitos, Fifa e redução dos salários

Eleições municipais adiadas?
Em meio à pandemia do novo coronavírus, como ficam as eleições municipais deste ano? Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estudam adiar as eleições municipais de outubro para dezembro. O avanço da covid-19 vai determinar a decisão da Corte, o que deve ocorrer entre maio e o início de junho, informou O Globo. No entanto, os ministros já descartaram a prorrogação dos mandatos atuais. Luis Roberto Barroso, que assume a presidência do TSE em maio, afirmou que o debate ainda é precoce, mas ressaltou que, se as eleições forem adiadas, será por um período mínimo, de semanas.

Fim do prazo
Até agora, o calendário das eleições está mantido e nessa sexta (3) foi o último dia para troca e/ou filiação partidária. Com Câmaras e cartórios fechados, ficaram muitas dúvidas sobre as mudanças ocorridas nos últimos dias. É bem provável que ocorram algumas surpresas.

Sem crise I
Enquanto trabalhadores e empresários contam as moedas para ver se vão conseguir pagar as contas, alguns profissionais não têm esse problema. É o caso de juízes e desembargadores de tribunais estaduais. Com direito legal a 60 dias de férias por ano, eles receberam R$ 1,3 bilhão em indenizações de férias não usufruídas nos últimos 30 meses. O levantamento é de Lúcio Vaz, da Gazeta do Povo.

Sem crise II
Líder no País, o Tribunal de Justiça de São Paulo pagou R$ 345 milhões ao longo de dois anos e meio, quase uma folha anual. O TJ do Paraná vem logo atrás, com um total de R$ 201 milhões pagos em indenização de férias em 30 meses. As indenizações, conhecidas como “férias vendidas”, vêm acrescidas de um terço do valor e sobre elas não há incidência de Imposto de Renda.

Bem na fita
A aprovação do Ministério da Saúde no combate ao novo coronavírus chegou a 76%, segundo levantamento divulgado sexta (3) pelo Datafolha. A pasta comandada pelo ministro Luiz Henrique Mandetta viu o número subir em relação à última pesquisa do instituto (18 a 20 de março), quando 55% aprovavam as ações. Já o presidente Jair Bolsonaro teve aumento: a reprovação subiu de 33% para 39%, mas a aprovação passou de 33% para 35%. O levantamento ouviu 1.511 pessoas por telefone.

Óbitos
Cartórios de registro civil de todo o País disponibilizaram uma plataforma com atualização, em tempo real, sobre os óbitos registrados com confirmação ou suspeita da covid-19. Administrada pela Arpen-Brasil, a plataforma já foi colocada no ar e as informações são baseadas nos documentos médicos enviados aos cartórios para lavrar os óbitos.

Fifa
A Fifa confirmou que estuda criar um mecanismo para ajudar o futebol mundial durante a crise causada pela pandemia do coronavírus. A entidade máxima do futebol apresentou um plano de colocar à disposição cerca de US$ 1,5 bilhão (quase R$ 8 bilhões) das suas reservas com o intuito de proporcionar um auxílio à comunidade do futebol por todo o mundo para superar possíveis perdas causadas pela paralisação de campeonatos.

Redução dos salários
O deputado Ricardo Barros (PP) defendeu a redução dos salários de todos os servidores públicos para que o dinheiro seja usado em ações de combate ao coronavírus. A redução poderia variar até 30% e atingiria servidores de todos os poderes, inclusive parlamentares, juízes e promotores. “Todo servidor público deve contribuir com uma redução salarial, de 20% a 30% do salário. Porque a arrecadação dos estados, dos municípios e da União vai cair em função da paralisação econômica”, argumentou.

E o Paraná, como fica?
Estranha a diversos setores, e até gestores públicos, o silêncio do governo do Estado com relação às medidas adotadas pelos municípios, onde os prefeitos estão num cabo de guerra entre quem quer reabrir as empresas e quem quer manutenção da quarentena. Questionado sobre a posição divergente de prefeituras, a resposta é: quem puder ficar em casa, que fique. Parece que na segunda o governador Ratinho Junior deve publicar novos decretos.