Política

Governo reduz previsão do PIB de 2,97% para 2,5%

Brasília – A equipe econômica reduziu a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto – soma de todas as riquezas produzidas no país) em 2018 de 2,97% para 2,5%, de acordo com a atualização dos parâmetros macroeconômicos divulgada ontem pelo Ministério do Planejamento. A redução já era esperada pela retomada mais lenta da recuperação econômica nos últimos meses.

No último Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, a projeção de mercado apontava para um crescimento de 2,5% neste ano. Já a projeção do governo para a inflação medida pelo IPCA em 2018 passou de 3,64% para 3,11%. Na última pesquisa Focus, as estimativas dos analistas eram de um IPCA de 3,5% neste ano.

A estimativa do Planejamento para a Selic média em 2018 passou de 6,5% para 6,34% ao ano. A projeção do governo para o câmbio médio em 2018 passou de R$ 3,27 para R$ 3,35. E a estimativa de alta da massa salarial nominal caiu de 5,88% para 5,12% este ano.

Orçamento

O Ministério do Planejamento confirmou ainda a liberação de R$ 2 bilhões em despesas do Orçamento de 2018 para cumprir a meta fiscal do governo deste ano, de um déficit primário de até R$ 159 bilhões.

O Planejamento decidiu liberar o valor devido à elevação da projeção de arrecadação com os leilões de petróleo, que cresceu R$ 14,441 bilhões, chegando a R$ 18,295 bilhões, ante os R$ 3,854 bilhões previstos anteriormente.

O ministro da pasta, Esteves Colnago, explicou que o aumento na projeção de arrecadação com leilões de petróleo em 2018 se deve às receitas maiores dos certames já realizados, como a 15ª rodada, que teve um resultado R$ 7,5 bilhões superior ao previsto inicialmente.

O ministério calculou uma alta de R$ 7,624 bilhões nas receitas totais projetadas para 2018, em relação ao relatório de avaliação de receitas e despesas do primeiro bimestre. Pelo lado das despesas, a projeção de gastos em 2018 aumentou R$ 1,422 bilhão. Com as mudanças, a projeção de receita primária total de 2018 passou de R$ 1,462 trilhão para R$ 1,470 trilhão, e a receita líquida – livre de transferências – passou de R$ 1,216 trilhão para R$ 1,222 trilhão. Já a estimativa para as despesas primárias neste ano passou de R$ 1,374 trilhão para R$ 1,375 trilhão.