Política

Giro político do dia 9 de abril de 2019

Trégua parlamentar

O presidente da Câmara, Alécio Espínola (PSC), reuniu os parlamentares para uma reunião a portas fechadas no plenarinho antes de a sessão começar. O clima ficou pesado após denúncias contra o vereador Roberto Parra (MDB) sobre suposta devolução de salários dos assessores, ou seja, o assunto não estava encerrado com a cassação de Damasceno Júnior. Espínola pediu mais harmonia entre os vereadores e comparou a Casa de Leis a uma grande família. O objetivo é reduzir os tumultos e as acusações sem provas, e deixar a Justiça investigar. Os panos quentes visam ainda uma trégua entre Parra e Fernando Hallberg (PPL), que levou o caso até o Gaeco.

Exonerações I

Entre cinco exonerados no Executivo municipal, está Newton de Jesus Silva da Fontoura, coordenador municipal da Defesa Civil. Ele pediu demissão devido à sobrecarga das atividades. Pediram também para deixar os cargos: Karina da Silva Carneiro Ramos, cargo comissionado de assessor de Planejamento na Secretaria de Desenvolvimento Econômico; Mayra Servilheire da Rosa, assessora executivo do gabinete; e, Gabriel Carlos Madureira, diretor de Departamento da Casa Civil.

Exonerações II

A única exoneração que partiu do Executivo foi de Maria Iolete de Moura Nishimura, que exercia cargo comissionado como assessora de Planejamento na Cohavel (Companhia Habitacional de Cascavel).

Otário?

Além da imprensa, que sofre com a falta de informações, até aliados têm reclamado da falta de respostas por parte da administração municipal. O vereador Valdecir Alcântara (PSL) usou a tribuna para reclamar de ingerência por parte dos nomeados. “As secretarias fazem a gente de otário [ingênuo, inexperiente]”. O desabafo ocorreu devido às frequentes respostas aos requerimentos: “Dizem apenas que estão colocando no cronograma de atividades. Isso não acontece e a população nos cobra”. Disse mais: “Tem horas que me sinto um idiota. Estão brincando com os vereadores”.

Chapéu alheio

A “bondade” da retirada da taxa de expediente dos boletos de lixo e IPTU foi esclarecida pelo vereador Sebastião Madril (PMB): a ação não foi de espontânea vontade, mas resultado de uma ação intermediada pelo Tribunal de Contas após provocação do vereador Fernando Hallberg. “Não admito que façam cortesia com o chapéu alheio”, reclamou Madril.

Reintegração

Com um pouco mais de tempo, os moradores de Jangadinha poderão permanecer na área rural apesar da ordem de reintegração de posse. Ontem, o vereador Rafael Brugnerotto ressaltou o papel fundamental da Câmara em buscar ajuda da Casa Civil para que o governo federal cumpra as obrigações. “A situação está encaminhada”, disse o vereador.