Política

Giro político do dia 2 de outubro de 2019

Adesão ao Podemos

Diante da cláusula de barreira, que levou ao fim de partidos sem representação no Congresso Nacional, o vereador Olavo Santos anunciou ontem que, devido à fusão do PHS com o Podemos, será colega de sigla do vereador Jaime Vasatta, presidente do Podemos de Cascavel. Em breve o Podemos também terá nova sigla e definição.

Constrangimento

O mal-estar foi geral com uma declaração de Olavo logo após anunciar que fará parte do Podemos. Josué de Souza, que está no PTC – também extinto -, anunciou que pretende migrar para o Podemos, assim como Roberto Parra – insatisfeito com o MDB. Josué declarou que recebeu convites do comando estadual e que pretende fazer da sigla “uma das bancadas mais fortes dessa Casa”, visto que, em vez de um, teria quatro parlamentares. Com a palavra, Olavo – que mal chegou e já quer sentar na janelinha – praticamente fechou as portas aos parlamentares: “Para ocupar qualquer espaço vai ter que conversar comigo e com o Jaime – não é lá em cima”.

Panos quentes

Souza rebateu: “Alvaro Dias e Flávio Arns ainda têm o mando do partido: o convite veio deles”. Não satisfeito, Olavo disse que é preciso aguardar as “cenas futuras”, pois mudanças no Estado também ocorrerão. Para apaziguar a situação, Vasatta usou o microfone: “Dou boas-vindas a Josué e a Parra e a todos que quiserem trocar de partido”. Alécio Espínola, presidente da Casa, aproveitou para abrir as portas do PSC.

Liberada do cartão

A proposta de alteração das atribuições no cargo de coordenador da Escola do Legislativo e também dispensa do registro do cartão-ponto por pouco não bateu na trave, contrariando o desejo da própria presidência da Casa. Houve empate na votação da emenda de Paulo Porto (PCdoB) que exigia o registro – como vem ocorrendo – e coube a Alécio decidir. “Em nome do fortalecimento da Escola do Legislativo, voto contrário à emenda”, declarou o presidente. A ocupante do cargo hoje é a advogada Adriana Salles, cujo salário é de R$ 11.935,36.

Privilégios

Tal debate abriu um leque de opiniões e teve até quem defendesse produtividade em vez do registro: tal situação geraria total descontrole de quem cumpre ou não o expediente. Sebastião Madril (PMB) foi incisivo em dizer que a regra para um deve ser a de todos. Em relação aos registros, a situação é esta na Câmara: 11 servidores concursados com função gratificada que batem ponto; 13 servidores concursados em cargo de confiança que batem ponto; dois servidores concursados ocupando função gratificada (diretoria da escola do Legislativo e chefe da seção de compras) que batem ponto; seis gerentes comissionados que não batem ponto; três assessores jurídicos que não batem ponto; três diretores que não batem ponto; um procurador que não bate ponto.