Política

Giro político do dia 12 de junho de 2019

Árvores infrutíferas

Difícil pensar que um mero pedido de dilação de prazo para respostas de um requerimento tenha gerado tanto debate: opositores reclamaram da demora do Executivo municipal em responder questionamentos sobre o cancelamento da convocação de aprovados no concurso da Cettrans. A divisão parlamentar gera discussões acaloradas em plenário. Ontem foi a vez de Romulo Quintino (PSL), líder do Governo, reagir às críticas: “Toda sessão levamos uma surpresa. Ouvimos discursos com teor infrutífero na ausência de vontade de reconhecer as coisas que estão acontecendo em nosso município. Não querem entender, não tem quem faça entender”, reclamou.

Questão de ordem

Os vereadores ignoraram o Regimento Interno e usaram o plenário para se alfinetarem. Era para manifestar voto favorável ou contrário a conceder mais 15 dias para o Município responder. Em vez disso, partiram para o ataque. Foi pedido de questão de ordem atrás do outro. Josué de Souza (PTC) chegou a negar tempo a Pedro Sampaio (PSDB). “Ficou muito nervosinho, melhor se acalmar, para baixar a pressão”.

Agentes de trânsito

Os aprovados no concurso da Cettrans pediram ajuda aos parlamentares. Fernando Hallberg (PDT) disse que alguns chegaram a chorar no gabinete: é que após a aprovação e a convocação, eles pediram a conta do trabalho onde estavam registrados. Depois foi tudo cancelado.

Deu a receita!

“Enxurrada de requerimentos” é a estratégia para dificultar o trabalho da administração pública, afirma Romulo Quintino. “Usam requerimento para campanha política, para prejudicar o governo”.

Precioso

O presidente da Câmara, Alécio Espínola (PSC), fez homenagem no gabinete à Subseção Cascavel da Ordem dos Advogados do Brasil pelos 45 anos de atividade. A entidade recebeu voto de louvor e aplauso. Nos corredores da Câmara, Olavo Santos (PHS) teve uma conversa com o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC), apelidado de “Precioso” pelo parlamentar. A conversa de corredor seria para pôr na mesa as desavenças. É que Olavo tem criticado severamente Paranhos e chegou a declarar que não era mais recebido pelo prefeito. Na sessão, Olavo atenuou as críticas.

Um passo

O vereador Paulo Porto (PCdoB) conseguiu ver ontem um fio de esperança nas contas do transporte público por meio da retomada do controle das tarifas pelo Executivo municipal: “É uma medida que vai ao encontro a cobrança por maior transparência do transporte e da ValeSim. Se Leonaldo Paranhos é gestor do contrato, deve exercer plenamente a gestão. O que só é possível com os números e mecanismos. É um avanço”.