Opinião

EDITORIAL: Menos ódio, mais bom senso

Daqui a uma semana os 147 milhões de eleitores brasileiros têm a missão de ajudar a definir o futuro da Nação. Mais uma vez o País vai às urnas dividido. O eleitor deste candidato odeia o eleitor que vai votar naquele outro. Esquecemos os princípios de respeito, cidadania, democracia. Xingamos, excluímos, bloqueamos. Só quem compartilha com minha opinião é o certo. Mas a eleição passa, e a vida continua…

Isso é fruto do processo democrático. Cada um tem direito a ter uma opinião, a fazer a própria escolha, a defender suas razões. Democracia é liberdade. Mas tem responsabilidade, especialmente a de permitir ao próximo que também tenha essa liberdade.

Essa semana líderes dos dois candidatos à frente da pesquisa disseram não aceitar resultado diferente ao da sua vitória. E cadê a democracia nisso? É preciso lembrar os efeitos que isso causa em seus eleitores, que hoje brigam e rompem amizades de longa data por ideologias e promessas que talvez nem mesmo se cumpram.

Em vez de pregar o ódio, o rompimento, devemos pensar em bom senso, união, respeito. É assim que se faz uma nação.

Ninguém vive excluído. Você precisa do seu vizinho para cuidar da sua casa quando viaja. Precisa do “cara da esquina” para comprar no seu mercadinho. Ou do padeiro para ter em casa seu pão fresquinho. Um precisa do outro. Um ajuda o outro e é assim que se faz uma nação. É assim que se vive em sociedade.

A eleição será dia 7, talvez dia 28 tem de novo, mas teremos outros 1.460 dias sem campanha eleitoral para vivermos juntos.

A democracia é um dos maiores presentes da humanidade. Mas ela só existe quando cercada de liberdade e respeito.