Opinião

EDITORIAL: Como a guerra comercial vai te atingir

O mundo assiste à guerra comercial travada pelos dois gigantes mundiais: Estados Unidos e China. Especialistas tentam antever as consequências dessa batalha bilionária e as proporções a que pode chegar. Por enquanto, a maioria tem opinado que a perda com isso vai ser generalizada, inclusive para os exportadores do Brasil.

Mas a conta pode chegar ainda mais cedo e vai doer no bolso de todos os brasileiros.

Nesse fim de semana, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e um grupo de dez produtores resolveram não aumentar a produção de petróleo, mantendo os níveis de oferta acordados em junho. Resultado: o preço da commodity subiu e ontem chegou ao maior valor desde 2014.

Petróleo sobe, derivados sobem e você vai sentir a conta na bomba dos postos de combustíveis.

A decisão foi uma espécie de retaliação às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao Irã, que faz os compradores procurarem outros fornecedores, que vão deitar e rolar com isso. O oligopólio do petróleo é histórico e ganha muito com essas brigas.

Ou seja, a postura que os Estados Unidos decidiram adotar com o restante do mundo reflete na vida de todo o mundo. Por isso eles são o que são. E sabem disso.

Maior economia do mundo, maiores consumidores do mundo, a Terra do Tio Trump tem pintado e bordado com a economia mundial e atrapalhado a vida de muita gente. E o pior, ninguém sabe até onde isso vai e quanto mais ainda vai nos custar.