Esportes

Coração de mãe nos Jogos em Cascavel

Seus familiares, como não poderia deixar de ser, os acompanham “com o coração” na competição.

A fase regional Amarela dos Jogos Escolares da Juventude reúne 726 atletas de 14 a 17 anos de idade em Cascavel. Eles vêm dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Paraná. Seus familiares, como não poderia deixar de ser, os acompanham “com o coração” na competição.

“Para nós, pais, o coração fica sempre apertado, com saudade de ter ela aqui por perto, de saber como está, mas ao mesmo tempo ficamos felizes por saber que é uma conquista dela, de tudo que vem sendo trabalhado desde o início do ano, e de anos anteriores. É uma felicidade que não tem saudade que consiga abafar, a alegria supera”, diz Ana Paula diretamente de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.

Ela é a mãe da jogadora de vôlei Aischa Pedrosa Vasconcellos, de 15 anos, aluna do IPE (Instituto de Pesquisas Educacionais) e que disputa esta etapa da competição escolar pela primeira vez.

Ana Paula diz que o contato com a filha nesses dias em Cascavel tem sido por mensagens em aplicativo de celular, nos horários em que a jovem tem o telefone “liberado” para uso. Já os resultados ela acompanha pelas redes sociais e pelo grupo de pais no WhatsApp, que é alimentado pelo treinador da equipe.

“Acompanhar os jogos assim é um misto de empolgação e aflição, por não estar ali pessoalmente”, diz Ana Paula, que deixou dicas de comportamento para a filha antes do embarque: “sempre tem o pedido para ela se comportar adequadamente, respeitar a todos e nunca se esquecer dos princípios que vêm de casa, que é o mais importante”.

Pedidos “extras”

Fila de Ana Paula, Aischa se lembra de ainda mais pedidos da mãe: “ela pede sempre para eu ter juízo, obedecer e não fazer ela passar vergonha. E até agora eu estou conseguindo fazer isso”, diz a atleta, rindo de sua resposta. Sobre a distância de casa, a jovem diz que a equipe passou por dificuldades para chegar aonde chegou, e que o grupo se tornou uma família. “A saudade existe, mas estamos felizes por estarmos todos juntos aqui”.