Política

Com aumento em banco, horas extras serão pagas

Hoje estão registradas mais de 600 mil horas extras em todas as secretarias municipais

Mesmo com o aumento no banco, o prefeito de Cascavel Leonaldo Paranhos (PSC) garante que devido ao planejamento da administração pagará as horas extras acumuladas durante o mandato. Hoje estão registradas mais de 600 mil horas extras em todas as secretarias municipais – a atual gestão assumiu um acúmulo de 506 mil horas extras ao ser empossada.

Por enquanto, a prioridade é pagar pelos serviços desempenhados nos últimos dois anos e meio – ficando para trás as horas herdadas da gestão de Edgar Bueno (PDT). “Vamos pagar o que estamos fazendo [de horas extras] e se possível vamos entrar n também esse banco [da gestão anterior] que já está acumulado há algum tempo. Mas cada governo deve ser responsável pelas suas atitudes, caso contrário deixa um legado positivo ou negativo”, afirma Paranhos.

Por meio de decreto, o município pretende estipular que os servidores recebam em um prazo de 12 meses após a inclusão das horas extras no banco. Os funcionários públicos recebem atualmente apenas 50% das horas trabalhadas além do horário normal, sem saber quando receberão o restante. “É importante ao servidor saber quando vai receber, para que possa se planejar. Assim, em um ano saberá que receberá os valores. Não vou sair da prefeitura aumentando o banco de horas”, diz Paranhos.

A elevação nos últimos dez meses de 80 mil horas extras está atrelada principalmente ao desempenho de atividades da Guarda Municipal, saúde pública e serviços de mutirão para recolha de material que acumulava água e conserto da iluminação pública.

Reportagem: Josimar Bagatoli

Licença prêmio

Após uma alteração orçamentária, os servidores da Secretaria da Saúde receberão licenças prêmios vencidas entre 2015 e 2017. São 141 beneficiados que juntos terão hoje depositados em conta R$ 964 mil. As licenças são concedidas aos servidores que trabalharam por cinco anos e atenderam a uma série de critérios – eles têm direito a 90 dias de descanso. Para evitar falta de servidores, a prefeitura prefere pagar 50% (45 dias) das licenças. “O recurso veio da própria folha da Secretaria de Saúde, por meio de remanejamento e adequação, além de ações previstas que não puderam ser executadas neste ano”, afirma o secretário de Saúde, Tiago Stefanello.

A Secretaria de Saúde pretende manter uma média de verbas mensalmente para evitar acúmulos de licenças – mesmo modelo implantado pela Educação, que destina ao mês R$ 180 mil para licenças prêmios.