Opinião

A vez do oeste

Por Carla Hachmann

Uma das principais bandeiras da história do oeste do Paraná, a duplicação da BR-277 de Cascavel até Foz do Iguaçu era dada como certa quando foram anunciados os contratos de concessão, 20 anos atrás. A sociedade esperou, esperou, teve a esperança reacendida quando pequenos trechos eram anunciados, e agora constatou que a obra não vai sair.

Inclusive, o oeste sofreu um dos grandes desaforos do ex-governador Beto Richa, que prometeu, anunciou, fez até festa para o lançamento da duplicação da rodovia entre o Trevo Cataratas e o terminal da Ferroeste. Do total de 9,3 quilômetros garantidos, apenas 3 saíram do papel.

Isso porque parte do dinheiro foi levada para uma obra em Guarapuava.

Pego na mentira e pressionado, Beto voltou a prometer a obra, que até hoje continua no papel.

Outro sonho da região, a readequação do Trevo Cataratas também só ficou na promessa. Um dos mais importantes entroncamentos rodoviários do Sul do País, sofre com congestionamentos constantes e já foi palco de muitas tragédias.

Agora, mais do que justo que o dinheiro que a Ecocataratas vai devolver pelo acordo de leniência fique aqui, a região mais prejudicada durante essas duas décadas. É apenas uma questão de justiça, e ainda longe de cobrir o prejuízo que o setor produtivo teve ao longo desse contrato.

Líderes pressionam novamente o governo (agora sob novo comando) para que isso aconteça. Como já sentiram forças contrárias, a estratégia é unir forças para não ter não como resposta, ou pior, sofrer novo engodo.