Política

5G e novo mercado de gás podem entrar no PPI do mês que vem

A próxima reunião do PPI para avaliar projetos em andamento e eventual inclusão de novos está prevista para novembro e pode marcar também a inclusão dos primeiros chamados projetos sociais, como de hospitais, creches, presídios e obras de mobilidade urbana.

Brasília – Os leilões de frequências de telefonia celular de quinta geração 5G e o de concessões no novo mercado de gás podem entrar na carteira de projetos do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) já em novembro, disse a secretária especial da entidade, Martha Seillier.

“Após as concessões ligadas à exploração de petróleo, esses devem ser os projetos que mais devem atrair o interesse de investidores internacionais no Brasil”, disse Martha à Reuters.

Avaliado por especialistas do mercado com potencial para ser um dos maiores do mundo do setor, o leilão de 5G era esperado inicialmente pelo Ministério das Comunicações para acontecer até março próximo, mas a pasta já fala que a perspectiva é de que o leilão aconteça só na segunda metade de 2020.

Em relação ao mercado de gás, a participação do PPI seria a de estruturar a quebra do monopólio da Petrobrás em gás natural, trazendo mais competidores e permitindo o que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem chamado como “choque de energia barata no País”.

A próxima reunião do PPI para avaliar projetos em andamento e eventual inclusão de novos está prevista para novembro e pode marcar também a inclusão dos primeiros chamados projetos sociais, como de hospitais, creches, presídios e obras de mobilidade urbana. Modelo similar deve ser usado para estruturar a venda de empresas estaduais e municipais de saneamento básico.

“Nesse caso, o PPI ajudaria a estruturar projetos municipais e estaduais e reunidos em blocos para PPPs [Parcerias Público-Privadas] ou leilões”, disse Martha, que viaja para Londres nos próximos dias para conhecer a experiência britânica com a concessão desses tipos de projetos.

A reunião do PPI em novembro também pode selar o calendário para desestatização das primeiras estatais federais durante o governo de Jair Bolsonaro.