Buenos Aires – As exportações argentinas de grãos foram paralisadas nessa quarta-feira (19) devido a uma greve de trabalhadores portuários para exigir a inclusão da equipe embarcada como grupo prioritário para vacinação contra covid-19.
Trabalhadores que preparam navios estão entre os que participam da greve, com os capitães de rebocadores e práticos que guiam as embarcações de carga na chegada e saída dos portos, de acordo com um comunicado conjunto. “Todos os embarques estão parados”, disse Guillermo Wade, gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas (CAPyM), à Reuters. “Pelo menos sete barcos foram carregados ontem (18) em Rosário e estavam prontos para zarpar, mas os sindicatos impediram o processo de desatracação”, acrescentou.
Wade acrescentou que será difícil para os navios zarparem, mesmo após o término da greve, devido à queda do nível do Rio Paraná. “Esses sete navios, atracados nos portos de Timbues, San Martín e San Lorenzo, estão agora muito pesados para navegar, tendo em vista a profundidade cada vez menor do rio”, explicou.
A medida de 48 horas, anunciada pelos sindicatos do setor que termina na tarde desta quinta, interrompeu a atividade no centro portuário de Rosário, de onde saem cerca de 80% dos produtos agrícolas argentinos.
No comunicado, os trabalhadores cobraram “protocolos de prevenção e atendimento médico em todos os portos do país”.