Após bater os R$ 6,13 em março, o dólar teve queda diante do real para a casa dos R$ 5,20, mas, apesar da melhora, o real ainda é uma das únicas moedas de países emergentes negociada com preços piores do que antes da pandemia, quando estava na casa dos R$ 4,50. Divisas de Chile, África do Sul, México e Colômbia estão atualmente em níveis abaixo do dia 11 de março do ano passado, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) oficialmente passou a classificar a situação mundial da covid-19 como pandemia.
Além do Brasil, entre os principais emergentes, só a Turquia, que passou por troca de toda a equipe econômica, choque de juros e ataques contra a lira nos últimos meses, por causa do baixo nível de reservas, ainda tem moeda mais depreciada hoje do que antes da pandemia.
No caso brasileiro, economistas não veem o real voltando para os níveis de antes da pandemia tão cedo. E uma das principais razões é que o Brasil gastou demais para lidar com a crise, ficando com situação fiscal muito pior que outros emergentes, embora pelo lado positivo tenha tido uma recessão menos severa.
Por enquanto, predomina a visão entre analistas de que o dólar deve seguir acima de R$ 5. Mesmo casas que preveem a cotação abaixo desse patamar, projetam a moeda americana em nível não muito aquém, perto dos R$ 4,90.
País moeda* 11/03/20 11/05/21
Brasil real 4,72 5,22
México peso mexicano 21,4043 19,977
África do Sul rand 16,22 14,01
Chile peso chileno 841,26 702,53
Colômbia peso colombiano 3.886 3.712
Rússia rublo 74,91 74,14
Turquia lira 6,2132 8,285
China yuan 6,9605 6,4305
*Ante o dólar no fechamento