
Hoje Renan chegou a defender que todo mundo que recebe penduricalhos acima do teto devolva tudo que recebeu acima do que permite a lei nos últimos cinco anos. Na reunião da comissão hoje foi aprovado requerimento da relatora para realização de duas audiências públicas com representantes de cada poder, para que o seu parecer seja aprovado ainda antes do recesso, que começa dia 17 de dezembro.
Ao ser questionada pelo GLOBO se a existência de 10 senadores que furam o teto, acumulando aposentadoria e salário, não enfraqueceria o trabalho da comissão, Kátia Abreu ficou irritada.
Hoje, na comissão, reclamou que uma jornalista tinha lhe procurado para saber sobre a investigação da Comissão, mas não era sua função fazer caça as bruxas, fulanizar ou fiscalizar A, B ou C que ganha acima do teto.
? Quem disse que estamos investigando? Onde saiu essa informação? Estamos regulamentando. Senador e deputado foram eleitos para isso. Ou estou enganada? Quem investiga é o MPF ? respondeu a senadora Kátia Abreu ao GLOBO, sem se manifestar sobre os senadores.
Ao contrário do entendimento de Kátia Abreu, na instalação, Renan anunciou que a comissão iria levantar a informação dentro dos Três Poderes, e o colegiado também seria responsável por um projeto que desvincula o subsídio dos ministros de tribunais superiores do restante da administração pública.
Membro da comissão, ao sair da reunião da comissão o senador José Aníbal (PSDB-SP) discordou do entendimento da relatora Kátia Abreu.
? A comissão, para regulamentar os abusos do teto, tem que ter um indicativo. Que não digam que é o Manoel, o Pedro ou o João. Mas pelo menos o número de servidores que burlam o teto com acúmulo de aposentadoria e salário no Judiciário, no Executivo e aqui no Legislativo. Nós temos que prestar essa conta a sociedade e em seguida regulamentar os abusos ? disse José Aníbal.