Cascavel – O representante comercial Diogo Cândido viaja toda semana e se obriga a abastecer com frequência. São 50 litros em cada uma dessas paradas no posto de combustíveis e ele notou a oscilação do preço da gasolina nas bombas.
“Impressionante como o preço do produto na rodovia é muito menor que o preço na cidade. Chega a dar R$ 0,20 de diferença por litro quando abasteço na estrada. Uma economia de R$ 10 em cada tanque”, comenta.
O Jornal O Paraná fez uma pesquisa de preço da gasolina na extensão da Avenida Brasil e observou esta oscilação também dentro da cidade. Um litro de gasolina comum pode ser encontrado por R$ 3,69, R$ 3,73, R$ 3,79, R$ 3,86, R$ 3,88 e R$ 3,89, variação de 5% de um local para o outro.
Já o litro do etanol varia de R$ 2,82 a R$ 2,99 nos mesmos estabelecimentos da Avenida Brasil pesquisados pela reportagem. Cascavel conta hoje com 62 postos de combustíveis no perímetro urbano.
Segundo o vice-presidente do Sindcombustiveis/PR (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Paraná), Roberto Pellizzetti, o que tem influenciado na diferença do preço da gasolina é o etanol.
“A mistura do etanol na gasolina é de 27% e o preço da matéria-prima para fabricar o etanol é que vem sofrendo oscilação no mercado. O etanol anidro da composição da gasolina é diferente do hidratado comercializado nas bombas. Os reajustes nas refinarias acabam refletindo no produto final”, explica.
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“Recebemos os combustíveis de uma única fonte e chega aos postos para serem revendidos em um único preço. Hoje é um cultural o empresário colocar o mesmo valor que o vizinho comercializa, pois pagam o mesmo preço quando vêm das refinarias”, acrescenta.
Em relação aos valores cobrados nos postos localizados às margens de rodovias, Pellizzetti lembra que o carro-chefe nesses locais é o diesel e não gasolina ou o etanol.
“Os principais clientes dos postos de rodovia são caminhoneiros que precisam abastecer com diesel seus veículos. A diferença da gasolina e etanol nesses locais se torna um atrativo, uma oportunidade para chamar outros clientes, o empresário deixa de ganhar em um produto, mas acaba recebendo em outro”, finaliza Pellizzetti.
