BUENOS AIRES ? Uma pesquisa revelou que a maioria dos argentinos dão como certa a culpa de Christina Kirchner nas acusações de corrupção que pesam sobre ela. Nesta sexta-feira, a ex-presidente recorreu às redes sociais para se defender e questionar a Justiça do país.
De acordo com a enquete realizada pela consultoria Giacobbe & Associados, a partir da amostra de 2,2 mil entrevistados, 71% dos cidadãos argentinos acreditam que Christina e o marido, o também ex-presidente Nestor Kirchner, ?organizaram um sistema de corrupção Estatal?. Por outro lado, 17,5% consideravam que os feitos do governo kirchnerista ?minimizavam qualquer ato de corrupção?. Apenas 4,1% afirmaram não saber do que se tratava a pesquisa, realizada entre 24 e 26 junho, com margem de erro em 2,1 pontos percentuais.
? O Partido Judicial (referência ao Poder Judiciário do país) com inusitada virulência, impulsionado pelo governo [de Mauricio Macri] e com explícito incentivo dos meios hegemônicos de comunicação, tem intensificado a campanha de perseguição e difamação contra o governo que presidi ? denunciou Christina em texto publicado nas contas oficiais do Facebook e do Twitter.
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O objetivo, segundo a ex-mandatária, é ?criar um novo tipo penal: o delito de ter pertencido ao governo durante o período de 2003 a 2015? ? que compreende a administração do marido (2003-2007) e seus dois mandatos (2007-2015) ? e ?distrair a população enquanto o ajuste e o desastre econômicos aumentam a pobreza, a desigualdade e a insegurança de maneira indisfarçada e exponencial?.
Reclusa na residência da Patagonia, Christina rompeu um longo silêncio quando, há alguns dias, atacou o governo Macri e os meios de comunicação pelas redes sociais em meio à série de buscas da polícia em suas propriedades por evidências de suposto enriquecimento ilícito e falsificação de documento público.
Para a viúva kirchnerista, os juízes ?multiplicam os processos judiciais pelos mesmos fatos?, o que viola a constituição nacional e trata de impedir a possibilidade de defesa que lhe é de direito.
