Campo Bonito – As oportunidades do mercado internacional ficaram mais acessíveis nos últimos anos quando o assunto são as transações comerciais. Em apenas dois anos, o número de municípios da região Oeste com alguma atividade de compra ou venda de ou para outros países na balança comercial saltou de menos de 30 para 37. Isso significa que 74% das 50 cidades que integram o Oeste paranaense têm algum tipo de atividade econômica internacional.
Na lista estão cidades como Campo Bonito, Guaraniaçu, Ibema, Jesuítas e Pato Bragado, que antes não apareciam no ranking e que agora figuram, mesmo que timidamente, com sinais de avanços.
Claro que não tem como essas cidades competirem com o desempenho das exportações de Cascavel, Palotina e Cafelãndia, que são as principais economias da balança comercial do Oeste, mas aparecer na lista de exportadores ou importadores significa sair de uma zona de conforto e avançar em busca de novos mercados ou de produzir novos produtos que tornem essas cidades mais competitivas e visíveis para o mercado. Em tempos de crise, situações assim é que farão toda a diferença, reconhece a economista Regina Martins.
5% a menos
Porém, nem esse acréscimo em número de municípios foi suficiente para manter as exportações em alta. Em um ano que foi de crise nem a moeda americana supervalorizada, tornando o produto brasileiro mais competitivo, foi suficiente para alavancar as vendas daqui para outros países.
De janeiro a dezembro do ano passado, segundo o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), a região Oeste exportou, em volume financeiro, 5% menos que no mesmo período de 2014.
O valor movimentado foi de US$ 1.495.930.971 no ano passado contra US$ 1.569.847.33 de 2014. As importações recuaram 12%, o que não garantiu elevação percentual no saldo da balança, mas contribuiu incisivamente para manter os números de 2015 muito parecidos com os de 2014: US$ 908.140.390 (2015) e US$ 905.222.104 (2014).
Dessa forma, pode-se dizer que as importações encolheram de US$ 664.625.233 para US$ 587.790.581. Com o dólar cotado na casa dos R$ 4 nos últimos meses do ano, os compradores brasileiros evidentemente compram menos de fora. Isso era algo de se esperar, afirma Regina Martins.
Vendas menores
Quanto às vendas menores, a explicação pode ser mais ampla. Um dos motivos é o fato de outros países também estarem em crise. A China, por exemplo, comprou menos, assim como sua economia cresceu menos.
As boas tendências e expectativas agora ficam por conta da safra de grãos que está em plena colheita e o futuro da avicultura, sobretudo em um momento quando os insumos tiveram aumento significativo.