VERBANIA, Itália – A mulher mais antiga do mundo fica longe das verduras, adora carne vermelha e nunca passou um dia sem comer pelo menos um ovo cru. Também gosta de composta de maça e de colomba, um pastel rico em ovos e manteiga que os italianos associam à Páscoa.
Nascida em 29 de novembro de 1899, a italiana Emma Morano, de 116 anos, se tornou a mulher mais velha do planeta depois da morte da francesa Jeanne Calment, aos 122 anos, na semana passada. Ela também é a única pessoa nascida no século XIX viva, após o falecimento da americana Susannah Mushatt Jones, aos 116, também semana passada.
No pequeno apartamento onde mora desde os 25 anos, na cidade de Verbania, no Norte da Itália, Emma vive aos cuidados de duas sobrinhas e uma enfermeira. Segundo seu médico, ela se sentiu “rejuvenescida” ao saber que é a pessoa mais antiga do mundo. Primeira de oito irmãos, ela sobreviveu à morte de todos eles. A última irmã morreu em 2011, aos 102 anos.
A ansiã já não pode mais caminhar e enxerga com muita dificuldade. Ela recebe uma visita de seu médico uma vez por semana. Diagnosticada com anemia aos 20 anos de idade, foi aconselhada a comer ao menos três ovos por dia, sendo que dois crus e um cozido.
Emma se levanta todos os dias às 8h, almoça às 11h e janta às 18h. Após cada refeição, tira um cochilo e, antes de dormir, por volta das 23h, também come alguma coisa. Com esta rotina, ela pretende “ultrapassar” a marca de Jeanne Calment.
“Estou muito bem, estou muito bem e durante muito tempo será assim, estarei com vocês”, prometeu ela, que certa vez atribuiu sua longevidade ao término de um casamento infeliz com um marido violento, em 1938, pouco depois da morte de seu único filho.
Aquele casamento não a fez esquecer de seu grande amor, que partiu para lutar na Primeira Guerra e nunca mais voltou.