Cascavel Com as máquinas paradas no campo desde a semana passada por conta da umidade do solo, os agricultores temem atrasar a colheita da soja e consequentemente, o plantio da segunda safra de milho, que inicia logo após o encerramento da primeira safra de verão. No caso de Cascavel já está com o período de zoneamento encerrado desde 31 de janeiro, apesar de boa parte das lavouras não ter sido cultivada ainda.
Conforme o Núcleo Regional do Deral (Departamento de Economia Rural), da Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento) de Cascavel, o atraso do ciclo da soja em aproximadamente 15 dias tem deixado os produtores apreensivos, já que a chuva que deve permanecer até o fim da semana – atrapalha as lavouras prontas para serem colhidas. Evidente que tal situação se estende ao plantio do milho segunda safra, atrasando todo o calendário inicialmente previsto pelo produtor, relata a técnica do Deral, Jovir Esser.
Embora o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) tenha permitido, por meio de portaria publicada em 9 de fevereiro, estender o prazo de plantio do milho segunda safra em Cascavel até o último dia 10, poucas áreas foram beneficiadas em função da falta de área livre para plantio que permanecem ocupadas pela soja.
Números
Segundo o Departamento, a colheita da soja avançou até sexta-feira da semana passada, dia 10, conforme a condição do solo permitiu. Até a semana passada, 26% da área total de soja da regional de Cascavel, de 557.740 hectares, foram colhidas. A estimativa é que sejam colhidas 2.081.582 toneladas do grão, número 5% maior do que o registrado na safra anterior. O que também subiu foi a produtividade. Conforme o boletim do Deral, a média para Cascavel é de 3.732 quilos por hectares, um acréscimo de 6% ante o cultivo de 2016.
No Paraná
De acordo com o técnico do Deral, Edmar Gervasio, 15% da área total de soja já foram colhidas no Paraná. Neste ano, a safra de soja deve render 18,3 milhões de toneladas, com mais de 5,2 milhões de hectares cultivados. A produtividade média esperada é de 3.497 quilos por hectare, o que representa um aumento de 12% no índice estadual.