Cascavel – Desde 23 de março os mais de 30 mil alunos da rede pública municipal de Cascavel estão com as aulas suspensas por uma medida de prevenção ao novo coronavírus (covid-19). Ao todo, 62 escolas e 53 Cmeis estão com o calendário escolar interrompido.
Em todo o Brasil o cenário na educação pública é o mesmo: sem aulas.
O retorno das aulas já começou a ser discutido. Em Cascavel, a Secretaria de Educação inicia o planejamento para que o ano letivo não seja comprometido.
Conforme a secretária Marcia Baldini, o recesso escolar será antecipado e o retorno das aulas já esta previsto, mas com novidades: “Já estamos apresentando aos diretores nosso planejamento de antecipação do recesso de julho para maio. Então, a partir do dia 4 de maio os professores estarão de recesso. No retorno, dia 19 de maio, estamos organizando, por meio de atividades remotas, a escala de trabalho para o planejamento e a formação continuada dos docentes. Já no dia 25 de maio será dado início às atividades remotas aos alunos. Serão entregues atividades aos pais para que eles levem para as crianças fazerem em casa e depois as devolvam. As atividades servirão como acompanhamento e avaliação para computar já como reposição de calendário escolar e de conteúdos”.
Quanto à retomada das aulas presenciais, a secretária assegura que há vários cenários sendo cogitados. “Estamos trabalhando com vários tipos de planejamento, mas não temos previsão de quando as aulas presenciais voltarão. Temos um calendário com volta prevista em junho, outro em julho e mais um em agosto. São vários planejamentos, mas dependemos da evolução da pandemia. Agora, nossa perspectiva é salvar vidas e de cuidar realmente da saúde de nossos alunos e professores. Após isso, nós vamos decidir com segurança a volta das aulas”.
Paraguai suspende aulas até dezembro
Com aulas suspensas e sem previsão de volta, centenas de estudantes de Medicina retornaram ao Brasil. Ontem, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, informou que as aulas presenciais estão suspensas até dezembro deste ano. “É uma decisão sem precedentes. Vamos fazer o nosso melhor e pedir a colaboração de pais e professores”, disse o presidente, em entrevista coletiva.
O ministro da Educação, Eduardo Petta, disse que 88% das tarefas foram enviadas via WhatsApp.
A decisão do governo afeta diretamente os estudantes brasileiros de Medicina, que moram em Cidade do Leste. Estima-se que 20 mil brasileiros estudem no país vizinho, muitos deles já começaram a deixar a região e voltar para suas cidades.