Ataques simultâneos a duas mesquitas na cidade de Christchurch, no sul da Nova Zelândia, deixaram pelo menos 49 mortos e 48 feridos. Autoridades classificaram o crime como ataque terrorista de extrema direita. Um dos ataques foi transmitido ao vivo nos canais de mídia social, de acordo com as autoridades. A reportagem é da Agência Brasil.
Pelo menos 48 pessoas, incluindo crianças, estão em hospitais em decorrência de ferimentos a bala. A polícia pediu o fechamento de mesquitas na Nova Zelândia.
Quatro suspeitos estão sob custódia, segundo a polícia. Um deles foi acusado de assassinato. O comissário de polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, disse que os suspeitos não eram conhecidos pelas autoridades. Bush afirmou ainda que dois dispositivos explosivos improvisados foram descobertos em um carro.
A polícia australiana no estado de New South Whales reforçou a segurança, enquanto a estação de trem em Auckland foi evacuada.
Reações
A primeira-ministra britânica, Theresa May, descreveu a tragédia como um “ato repugnante de violência”. “Em nome do Reino Unido, minhas mais profundas condolências ao povo da Nova Zelândia depois do horripilante ataque terrorista em Christchurch”, disse May.
A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou os ataques, segundo o porta-voz do governo, Steffen Seibert. “Eu lamento com os neozelandeses por seus compatriotas, que oravam pacificamente quando atacados em suas mesquitas e assassinados por ódio racista”, afirmou Merkel. “Estamos lado a lado contra esse terror.”
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, condenou os ataques, dizendo que “o terrorismo não tem religião”. “Eu culpo esses crescentes ataques terroristas à atual islamofobia pós-11 de setembro, onde o Islã e 1,3 bilhão de muçulmanos foram coletivamente responsabilizados por qualquer ato de terror por um muçulmano”, disse.
A Comissão de Direitos Humanos da Nova Zelândia exortou as pessoas do país a “se unirem”. “A Nova Zelândia é um dos países com maior diversidade étnica do mundo e recebemos pessoas de todas as religiões e origens. Precisamos lembrar o poder da diversidade. Juntos, somos mais fortes.”