NOVA YORK – A Kingsland Holdings, acionista da colombiana Avianca, abriu processo contra a companhia aérea nos Estados Unidos nesta semana. A empresa acusa o controlador da Avianca, o empresário Gérman Efromovich, de forçar um potencial acordo com a aérea americana United Airlines que poderia prejudicar os minoritários. Efromovich e United também são alvos do processo.
A Kingsland é a segunda maior acionista da Avianca, com 22% do capital votante da empresa. Ela é controlada pela família Kriete, que era dona da Taca, companhia área que atuava na América Central e que se fundiu com a Avianca em 2010. Após a fusão, o grupo Synergy, holding da família Efromovich, passou a deter 78% das ações com direito a voto na Avianca.
Segundo a agência de notícias Bloomberg, a Kingsland argumenta que Efromovich e United negociaram secretamente uma parceria estratégica e um empréstimo de US$ 800 milhões. Diz ainda que Efromovich teria escolhido a United porque teria ganhos pessoais com o acordo, em detrimento de parcerias com outras duas empresas que firmariam acordos em termos melhores para a Avianca.
COPA E DELTA FICARAM DE FORA
Depois de meses de especulação sobre possíveis parcerias com a americana Delta e a panamenha Copa, a Avianca divulgou, em 31 de janeiro, comunicado dizendo que ?decidiu avançar na realização de um acordo de aliança estratégica com a United Airlines?.
No processo, a Kingsland acusa Efromovich de não ter informado ao comitê responsável pela busca de parceiros estratégicos que estaria negociando com a United. E que Efromovich teria revelado aos diretores da Avianca, no mesmo 31 de janeiro, que estava em conversas privadas com a empresa americana. Acrescentou ainda que a United teria uma janela de 30 dias para negociações exclusivas.
Nem United nem Avianca qusieram fazer comentários sobre o processo. O fundo Elliott, que é credor da Avianca e participa das negociações, também não se manifestou.