Curitiba – O Deral (Departamento de Economia Rural), da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento), divulgou ontem (21) um caderno com o relatório sobre o Programa Trator Solidário e a análise da distribuição de recursos entre 2007 e 2021. O programa possibilita o financiamento, com preços mais acessíveis, de tratores, pulverizadores e colhedoras para pequenos produtores.
Para isso, trabalham em parceira a Seab, o IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater), a Fomento Paraná, agentes financeiros e cooperativas de crédito, além de fabricantes de implementos, equipamentos, tratores e máquinas agrícolas. Esse é um dos programas que exercem papel importante no processo de inovação, modernização e implantação de tecnologias nas unidades produtivas de até quatro módulos fiscais.
O programa “Trator, Implementos e Equipamentos Solidários para a Agricultura Familiar” do Estado do Paraná possibilita o financiamento, com preços mais acessíveis, de tratores, pulverizadores e colhedoras para pequenos produtores. Com a modalidade de equivalência em produto tendo como base o milho, o programa desempenha papel importante no processo de inovação, modernização e implantação de tecnologias nas unidades produtivas de até quatro módulos fiscais.
O programa Trator Solidário é destinado a pequenos produtores com propriedades entre 12 e 80 hectares (até quatro módulos fiscais) e renda bruta anual de até R$ 415 mil, oriunda da atividade agrícola. Esse segmento responde por cerca de 40% a 45% da produção bruta do Estado. São pequenas propriedades exploradas, em sua maioria, pela própria família.
NÚMEROS
No caso dos tratores, o documento aponta que, durante o período estudado, foram entregues mais de 13.275 unidades, com força variando entre 55 cv até 75 cv. O valor financiado entre 2007 e 2021 foi de R$ 891.739.077,30. Os núcleos da Seab que mais se destacaram na aquisição são Toledo, Curitiba e Francisco Beltrão, enquanto os municípios de Ipiranga, Toledo e São João do Triunfo lideram.
As colhedoras de grãos entraram na lista de produtos com possibilidade de financiamento em 2015. Por serem equipamentos mais caros, a aquisição desse tipo de bem exige, normalmente, a participação de dois ou mais produtores, geralmente membros da mesma família, mas com áreas distintas de exploração.
O documento mostra que os destaques em compras são os municípios de Ubiratã e Palotina. Em sete anos, foram financiadas 279 colhedoras no valor de R$ 86.640.300,30.
PULVERIZADORES
Em 2015, também começou o financiamento de pulverizadores para agricultores familiares. Desde então, o valor financiado foi de R$ 2.205.020,26 para a compra de 115 equipamentos. Os núcleos regionais de Ponta Grossa e Curitiba foram os que mais tiveram favorecidos. Os destaques municipais são para Ipiranga e Marmeleiro.
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Caixa soma R$ 550 mi negociados durante o 34º Show Rural Coopavel
Curitiba -A Caixa Econômica Federal alcançou resultado histórico em volume negociado durante a 34ª feira Show Rural Coopavel, realizada entre 7 e 11 de fevereiro. A feira agropecuária de Cascavel é uma das maiores do setor em todo o mundo e, durante os cinco dias de evento, a Caixa ofereceu atendimento coma Carreta Agro Caixa, registrando mais de 860 propostas de crédito pré-aprovadas, totalizando R$ 558 milhões em volume negociado, conforme os números divulgados ontem (21).
Durante o Show Rural, a Caixa divulgou o lançamento de duas novas modalidades de crédito: o Custeio Antecipado e uma nova possibilidade de contratação de crédito rural com recursos da Poupança. O Custeio Antecipado tem como objetivo auxiliar no planejamento da próxima safra, com melhores condições para o produtor adquirir insumos e serviços por preços mais vantajosos. Os produtores rurais do Pronaf podem contratar com taxas de juros a partir de 3% ao ano. No Pronamp, a taxa de juros parte de 4,5% ao ano e para os demais produtores a taxa é a partir de 6,5% ao ano.
Disponíveis até junho de 2022, os recursos atendem a diversas finalidades, especialmente para financiar as despesas do ciclo de produção das culturas de soja, milho, arroz, algodão, feijão e amendoim, entre outras culturas da safra verão.
Na contratação com recursos da Poupança, os agricultores podem utilizar o crédito para custeio, comercialização, industrialização e investimento. A taxa é a partir de 9,50% ao ano, e financiamento de até 100% do projeto com prazo de até 180 meses para pagar.