A primeira carga de projeto 2022 do berço 215, no cais comercial do Porto de Paranaguá, foi embarcada nesta segunda-feira (24). Foram oito volumes, de oito toneladas cada, de equipamentos para a indústria mineradora. A exportação do segmento de carga geral foi destinada à América Central.
“A carga de projeto é uma carga de alto valor agregado, que vemos muito aqui no Porto de Paranaguá ao longo de todo o ano. Em 2022 não deve ser diferente”, afirma o diretor de operações, Luiz Teixeira da Silva Júnior. Além do berço 215, esse tipo de carga também é embarcado pelos berços 216, 217 e 218.
“O porto paranaense tem operadores altamente qualificados para operar esse tipo de carga especial, seja destinada para a exportação ou recebida de importação”, explica Teixeira.
As peças industriais, fabricadas em Minas Gerais, foram carregadas no porão de um navio do tipo Roll on-Roll off (cargueiro de grande capacidade que permite que automóveis e outros produtos entrem e saiam do navio pelos seus próprios meios).
Levadas ao interior do navio na carroceria de caminhão, o acesso é feito pela rampa localizada na popa da embarcação. No porto paranaense, operam nesse tipo de navio as empresas do grupo Marcon, Orion e TCP.
OPERAÇÃO – Aldemar Marques Moreira, gerente de operações e de capatazias do grupo Marcon, explica que para essa operação é preciso empilhadeiras de grande porte e operadores habilitados, além do transporte até o navio. O trabalho é feito pelas cooperativas que atuam na faixa primária do Porto de Paranaguá. Todo a movimentação de carga em terra, incluindo carga e descarga, armazenagem e embarque das mercadorias no porto é o chamado de serviço de capatazia.
Os operadores portuários têm departamentos que cuidam exclusivamente dessa função, em parceria com a administração do porto público. A Portos do Paraná disponibiliza área de pátio para armazenagem, além de acesso, limpeza e a segurança da área de cais.
PROJETO – Aldemar Marques Moreira explica que as cargas designadas como “carga de projeto” têm essa nomenclatura por exigirem planejamento mais específico e detalhado para a operação. “Desde a saída da fábrica até a entrega, no destino final, diferente de uma carga movimentada em larga escala”, afirma.
As peças industriais ainda são transportadas em embalagens que seguem um padrão. “A carga de projeto é única e, normalmente, excede as dimensões de um container e precisam de equipamentos especiais para a movimentação”, completa.
(AEN)