Reconhecendo a importância do Paraná como produtor de sementes, estado que faz duas safras e meia a cada três anos, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou ontem, durante a abertura da Agroleite, na região dos Campos Gerais, a notícia que todos os produtores estavam na expectativa de ouvir: a janela para o plantio da soja será ampliada no Paraná. A decisão contempla principalmente o pedido feito pelo presidente da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), José Roberto Ricken, para que o plantio das lavouras ocorra de setembro a 31 de janeiro.
Na safra 2023/24, o Ministério da Agricultura havia restringido o calendário, com o encerramento do plantio em 19 de dezembro. Para o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, o pedido é para que seja mantido o calendário tradicional, como forma de permitir melhores condições para o desenvolvimento da cultura da soja, em virtude da importância no cerne econômico estadual. A decisão não afeta o vazio sanitário da soja, que termina no dia 10 de setembro.
“Nós padronizamos a calendarização da safra 2023/24, mas sabemos que é preciso, agora, tratar as exceções de forma excepcional. E isso será feito com base na ciência e nas verdadeiras particularidades, evitando a pirataria de sementes e o plantio de soja sobre soja, que precariza nossa produção com risco sanitário”, disse o ministro Fávaro. O mesmo pedido de ampliação da janela foi feito pelo presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), Pedro Lupion.
A expectativa da Agroleite, em Castro, no Paraná, é a de registrar cerca de R$ 150 milhões em negócios.
Fonte: Redação O Paraná
