Agronegócio

Incidência da cigarrinha-do-milho cresce 177% no Brasil

Incidência da cigarrinha-do-milho cresce 177% no Brasil

De acordo com uma pesquisa encomendada à Kynetec Brasil pelo Sindiveg, Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal, que reúne as principais empresas de defensivos agrícolas, a incidência da praga conhecida como cigarrinha-do-milho no Brasil cresceu 177% na safra milho safrinha 2022 em relação à safra milho safrinha 2021, que, por sua vez, já havia apresentado crescimento de 161% em relação ao ano anterior.
Segundo a CNA (Confederação Nacional da Agricultura), desde 2019 o Paraná vem registrando aumento de lavouras infestadas pela cigarrinha-do-milho, que pode levar à redução significativa da produção. Em algumas ocasiões, o prejuízo chegou a 70%, com casos em que o milharal todo foi erradicado. E a performance histórica da safra 2019/20, quando o Estado colheu 15,5 milhões de toneladas do cereal, pode não se repetir na temporada atual, ameaçando a lucratividade dos produtores paranaenses num momento de valorização da commodity.
Segundo o 6º Levantamento Safra 22/23 da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), para o milho segunda safra no País as condições climáticas são favoráveis. Projeta-se crescimento de 3,8% para a área de plantio e uma produção de 95,6 milhões de toneladas, variação positiva de 11,3%. No entanto, no Paraná, as chuvas registradas estão acarretando o atraso da semeadura do milho segunda safra, causando dificuldade nas operações de aplicação de defensivos, aumentando a pressão de doenças devido ao excesso hídrico e por insetos, em especial a cigarrinha-do-milho.
De acordo com o Sindiveg, o combate a pragas é um dos maiores desafios da agricultura no Brasil, por ser um país tropical (quente e úmido) e um dos únicos a ter mais de uma safra anual. Mesmo neste cenário tão desafiador, as tecnologias de proteção de cultivos são fundamentais para que os produtores agrícolas mantenham um alto nível de produtividade. A aplicação correta e segura significa aumento de produtividade no campo, pois os defensivos agrícolas permitem que as plantas cresçam e deem frutos, ao protegê-las do ataque e da proliferação de insetos, doenças e plantas daninhas.