AGRICULTURA

Após Newcastle, ABPA acredita em rápida retomada das exportações de aves

 As exportações foram paralisadas por conta do caso isolado de Doença de Newcastle notificada em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. Foto: Ari Dias/AEN
As exportações foram paralisadas por conta do caso isolado de Doença de Newcastle notificada em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. Foto: Ari Dias/AEN

Em nota encaminhada para a Redação do Jornal O Paraná, a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) acredita que o restabelecimento integral do fluxo das exportações de carne de frango do Brasil será agilizado após a notificação feita pelo Ministério da Agricultura à OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), sobre a conclusão do caso isolado de Doença de Newcastle notificada no município de Anta Gorda, pertencente ao estado do Rio Grande do Sul. Várias outras amostras foram encaminhadas para os laboratórios especializados neste tipo de análise. Todos deram negativo até o momento.

Embora boa parte do fluxo sob suspensão esteja sendo assimilado por outros mercados importadores, a ABPA acredita que a notificação à OMSA (e o esperado restabelecimento status de livre da doença), bem como a alteração do status de autossuspensão e da área e abrangência sob monitoramento devem acelerar as negociações com os mercados importadores.

Dentro destes avanços, a ABPA ressalta o trabalho do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, bem como pelos secretários Carlos Goulart, Roberto Perosa e suas equipes, para a otimização da solução do problema.

“A situação, como se mostrou pelos resultados das amostras coletadas, foi pontual. A rapidez e a transparência das ações, neste contexto, ajudam a reforçar a elevada biosseguridade que trouxeram o Brasil à liderança global das exportações de carne de frango”, diz um dos trechos da nota enviada ao O Paraná.

Avicultura: Encontro traz pesquisadores nacionais e estrangeiros

Cascavel – A eficácia e a qualidade do controle sanitário animal brasileiro é o maior patrimônio e, ao mesmo tempo, desafio permanente da cadeia produtora nacional de proteínas. Os temas mais pertinentes do setor, responsável por fazer do Brasil o segundo maior produtor e o maior exportador de carne de frango do planeta, vão ser debatidos no dia 10 de setembro, em Cascavel, durante a 15ª edição do Encontro MercoLab de Avicultura.

Cerca de 400 pessoas, de várias regiões do País, estarão no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel, para participar de um evento de atualização técnica consagrado e de bastante tradição. Os inscritos dessa 15ª edição terão a chance de ouvir pesquisadores brasileiros e estrangeiros convidados a compartilhar os mais recentes e importantes conhecimentos técnicos e descobertas para melhorar ainda mais a qualidade e os resultados da área da produção comercial de frangos.

“Contaremos com a participação de grandes especialistas nos mais diferentes assuntos da cadeia da avicultura, focando principalmente em aspectos considerados centrais para a sanidade dos plantéis”, informa o diretor do MercoLab e coordenador do encontro, o médico veterinário Alberto Back. Além de contribuir para a atualização de conteúdos, o Encontro permite unificar acesso a informações estratégicas para a prevenção de doenças avícolas capazes de impor restrições sanitárias severas ao Brasil e provocar prejuízos incalculáveis aos produtores e à economia.

Além dos especialistas brasileiros (programa abaixo), estão confirmados estrangeiros Sjaak de Wit do Instituto Royal GD da Holanda, que falará sobre “Bronquite infecciosa: visão global e suas consequências econômicas”, e a pesquisadora norte-americana Holly Sellers da Universidade da Georgia, que abordará o tema “Reovírus: Recentes avanços na pesquisa nos EUA”. Ao organizar um evento técnico dessa magnitude, observa Alberto Back, o MercoLab coloca-se ao lado da avicultura brasileira, que é destaque no mundo alcançando os mais diferentes mercados.

Liderança

O Brasil produziu em 2023 mais de 14,8 milhões de toneladas de carne de frango, atrás apenas dos Estados Unidos. Com 5,1 milhões de toneladas comercializadas e US$ 9,61 bilhões faturados (R$ 52 bilhões), o Brasil se consolida como o maior exportador dessa proteína. O Paraná é o maior produtor nacional. Sozinho, o Estado responde por 42% de tudo o que o País manda para 172 países. A produção mundial de carne de frango, no ano passado, foi de 102 milhões de toneladas.

Celeiro exportador de alimentos

O Brasil, que caminha para se consolidar como o maior celeiro exportador de alimentos do planeta, abastece a mesa de um bilhão de pessoas, ou 12% dos habitantes da Terra. E para manter essa liderança e o crescimento de cadeias tão indispensáveis para a economia nacional, com previsão de crescimento de 13% na de frango nos próximos sete anos, eventos como o Encontro MercoLab de Avicultura se tornam cada vez mais necessários, ressalta Alberto Back.

Inscrições

As inscrições para o 15º Encontro MercoLab de Avicultura vão ser oficialmente abertas no dia 1º de agosto. Outras informações e inscrições no site www.mercolab.com.br