A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) disponibilizou, em outubro, um aplicativo para monitoramento de doenças na cultura do milho. A ferramenta MonitoraMilho ajuda a identificar a ocorrência de plantas voluntárias e cigarrinhas do milho de maneira mais eficiente, e oferece informações que ajudam a subsidiar ações de pesquisa para estabelecer medidas de manejo adequado.
Com o aplicativo, profissionais da Assistência Técnica e da Defesa Agropecuária podem orientar as suas ações. “Com base nas informações os fiscais de Defesa Agropecuária vão se deslocar aos pontos indicados para registro oficial da ocorrência, além coletar amostras para verificação e distribuição da doença no Paraná”, diz o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Blood.
O milho é o principal produto destinado a alimentação animal, com destaque para as cadeias produtivas de carnes (suínos, aves e bovinos), leite, e para a subsistência na agricultura familiar. Além disso, também contribui para o fortalecimento da balança comercial do Estado. O Paraná é o segundo maior produtor de milho do Brasil, com produção de aproximadamente 15 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Economia Rural, representando 21% da produção nacional. Os problemas fitossanitários afetam significativamente a produtividade das lavouras, podendo trazer impactos significativos na cadeia produtiva.
Doença
As doenças na cultura do milho podem comprometer os bons resultados de produção e produtividade. Entre elas está o enfezamento do milho, causado por bactérias da classe Molicutes, que infectam as plantas de forma sistêmica e podem ocasionar grandes perdas. Os patógenos são transmitidos pela cigarrinha do milho, Dalbulus maidis.
A assistência técnica vem adotando medidas para o controle desse vetor ao longo das safras, mas a praga vem ganhando importância e está sobrevivendo, de uma safra para outra, em plantas voluntárias de milho que permanecem nas áreas de produção, preocupando a defesa agropecuária, a pesquisa e os produtores. Uma das principais medidas para o manejo do problema é a eliminação de plantas voluntárias de milho. “Portanto, necessitamos conhecer a distribuição dessa praga no Estado, saber quais as medidas que vêm sendo adotadas e sua eficácia, sobre os materiais que estão sendo cultivados, quanto a sua tolerância e comportamento no campo”, diz Young Blood.