Corbélia – A cotação um pouco mais estável do feijão no mercado – na casa dos R$ 100 a R$ 120 a saca de 60 kg – animou os produtores e a área desta safra é praticamente a mesma que a observada no cultivo de 2017/2018 no oeste do Paraná.
Segundo o Deral (Departamento de Economia Rural), no ciclo passado, o chamado feijão das águas ocupava 4.236 hectares e agora são 4.140 hectares, interrompendo o ciclo de queda de 20% a 30% que vinha sendo registrado nas últimas safras.
Segundo o técnico do Deral José Pértille, do Núcleo de Cascavel, a má notícia é que, devido à chuva registrada em setembro e outubro, o cultivo foi afetado com o aparecimento de doenças oportunistas como as fúngicas, por exemplo. “O produtor precisa ficar atento, fazer as aplicações de fungicida porque qualquer descuido pode representar perdas”, reforçou.
Neste momento, 60% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 30% em floração e 10% em frutificação com as principais áreas em municípios como Corbélia, Catanduvas e Cascavel.
Neste ano a expectativa de produção é de 5.985 toneladas, no ano passado foram colhidas 5.716 toneladas. A colheita começa em dezembro e segue até janeiro de 2019.
Esporos da ferrugem em cinco municípios
Marechal C. Rondon – O excesso de umidade no campo alerta os produtores de soja. São quase 1,1 milhão de hectares nos núcleos de Cascavel e de Toledo de onde se espera colher cerca de 3,9 milhões de toneladas. Ao menos 2% das lavouras estão em germinação, 90% em desenvolvimento vegetativo e 8% em floração. E é na floração que a planta fica ainda mais suscetível às doenças, como a temida ferrugem da soja.
Neste ciclo o fungo chegou mais cedo e “por isso o produtor precisa falar com o técnico para fazer a aplicação preventiva de fungicida e evitar que a doença devaste suas lavouras”, enfatiza José Pértille, do Deral.
Segundo a Embrapa Soja, com base no Mapa Antiferrugem, além de um caso confirmado da doença em Marechal Cândido Rondon numa propriedade no Distrito de Porto Mendes, há identificação de esporos também em Toledo, Cascavel, Cafelândia e Nova Aurora.
“Para que haja uma estabilização das plantas e potencialize o desenvolvimento, seriam importantes uns dez dias sem chuva, mas, mesmo assim, a soja é considerada em excelente desenvolvimento”, diz Pértille.
Após chuvas intensas, a previsão promete uma semana de tempo firme. Conforme o Simepar, daqui até terça-feira da próxima semana a expectativa é de muito sol e termômetros beirando os 30ºC. A partir de então deve voltar a chover.