
? Simplesmente disseram para mim que não vai ter aula e vou ter que voltar pra casa. Vim na expectativa de que iria ter aula e não vai ter. Perguntaram se era para recarregar cartão e eu disse que não, que era para ter aula, e me disseram que não vai ter aula. Me sinto frustrada ? disse a estudante.
Até as 7h40m, nenhuma autoridade apareceu no Colégio Estadual Amaro Cavalcante para cumprir a decisão judicial.
JUSTIÇA DETERMINA RETORNO ÀS AULAS
Nesta quarta-feira, a juíza Glória Eloiza Lima da Silva, da 2ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, ordenou a imediata retomada das aulas. Segundo ela, o movimento de estudantes que ocupam cerca de 60 colégios para exigir melhores condições de ensino não podem impedir o acesso de outros alunos e professores. Os protestos não estão proibidos, desde que se respeite a ordem judicial e sejam ?ordeiros?.
A juíza disse que o cumprimento da decisão será garantido por meio de uma ação integrada da secretaria de Segurança, do Ministério Público, Defensoria, do Conselho Tutelar e de psicólogos e assistentes sociais da 2ª Vara da Infância e da Juventude. No entanto, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou que não vai autorizar a desocupação das escolas da rede estadual se não tiver o respaldo de outros órgãos do governo.
A decisão foi tomada durante uma audiência em juízo que reuniu representantes dos alunos e o secretário estadual de Educação, Wagner Victer. Contudo, ainda há incerteza sobre a efetividade da ordem judicial na prática, por causa da greve dos professores, que já se estende por três meses. Segundo estimativa do Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe), a adesão chega a 70%. Para a secretaria de Educação, a paralisação só mobiliza 30% dos professores.
LEIA MAIS:
Beltrame afirma que não vai autorizar desocupação sozinho
Educação quer cortar 15% de cargos comissionados
Alunos do CAp-Uerj terão aulas durante ocupação da unidade
Pedro II vai custear passagem e hospedagem de aluna na Dinamarca
Acervo O GLOBO: PM usa bombas e cães para reprimir protesto de professores em greve no Rio