Shows de rap indígena, ocupação afro-literária, intervenções com serigrafias, oficinas de parangolés, exposição de poesia visual, feira de arte independente. Celebrado ao longo de todo ano com exposições e eventos, o aniversário de 20 anos do Centro Municipal de Artes Helio Oiticica (CMAHO), no Centro, tem hoje o seu grande dia de festejos, com uma programação que começa às 11h e segue até as 20h, na Praça Tiradentes.
Às 10h, o mezanino do edifício recebe a primeira exposição individual do artista e poeta Alex Hamburguer, intitulada ?Signos em rotação?. Serão exibidos diversos trabalhos dos 30 anos de carreira do artista, com curadoria da diretora do CMAHO, Izabela Pucu. A mostra segue até o dia 5 de novembro. Também às 10h será inaugurado o projeto ?Linhas de Tempos?, feito em parceria com pesquisadores do Núcleo de Sociologia da Cultura (NUSC/IFCS/UFRJ). O trabalho resgata a história do CMAHO, através do seu acervo documental, em gráfico decalcado nas paredes do edifício. O trabalho relembra as grandes exposições que passaram por ali ao longo desses 20 anos.
A partir das 11h, acontece a IV Feira Fantasma, na Rua Imperatriz Leopoldina, ao lado do CMAHO, que a partir de hoje terá a entrada restrita a pedestres, como já acontece na Rua do Lavradio, na Lapa. A feira reúne editoras e publicações feitas de maneira artesanal (como A Bolha , Bendita Gambiarra, Cabuloza Wild Life, Casas da Banha, Coletivo Filé de Peixe, Editora Cozinha Experimental, Pipoca Press, Lote 42, Norte Comum, Tijuana e Transfusão Noise Records). No mesmo horário, a Sala Multiuso do Centro receberá o debate ?Livro, independência e resistência?, com os artistas Rosangela Rennó, Iris Amâncio, Luiz Vieira. Nas carrapetas, o DJ Marcello MBgroove, com o Coletivo Vinil é Arte, até as 18h.
Às 12h, o Coletivo Gráfico, responsável por algumas das mais belas intervenções visuais nos muros da cidade vão executar um trabalho ao vivo de desenho e serigrafia à frente do CMAHO. O trabalho será concluído às 16h.
Das 15h às 17h, acontece a oficina ?Corpo, livro, criação, parangolé?, com Natália Nichols e Wallace Ramos, educadores do Museu de Arte Rio, que desenvolveram junto com a equipe do CMAHO uma oficina a partir das proposições Parangolé (1964), de Hélio Oiticica, e Livro da criação (1959?1960), de Lygia Pape. Às 17h, o grupo de rap Bros Mc?s formada por índios da etnia guarani-kaiowá, de Dourados, no Mato Grosso do Sul, denuncia com rimas em guarani e português os problemas da aldeia localizada em terras ameaçadas pelo desmatamento ilegal.
A programação completa está na página do Facebook do Centro Municipal de Artes Helio Oiticica (CMAHO) e todas as atividades são gratuitas.