Foz do Iguaçu – Os prefeitos de Foz do Iguaçu e de Puerto Iguaçu, Chico Brasileiro e Cláudio Filippa, assinaram esta semana um novo acordo bilateral que disciplina o funcionamento do serviço de transporte turístico nos dois municípios.
O documento revisa e amplia os entendimentos em relação ao último acordo sobre o tema firmado ainda em 2001, tendo como foco principal melhorar a integração e o atendimento aos turistas.
Além das atividades exercidas pelas agências de viagens e turismo e empresas de transporte turístico receptivo, o acordo abrange os serviços de táxis e remisses de ambas as cidades.
Pelo novo acordo, só poderão operar os veículos que estiverem habilitados para a atividade correspondente outorgada pelo órgão competente de cada município.
Aeroportos e rodoviárias
Os veículos de turismo de cada margem, incluindo agências de viagens, empresas de transporte turístico receptivo, taxis e remisses, não poderão buscar passageiros nos aeroportos e nas rodoviárias do país vizinho. Isso quer dizer que, na prática, veículos argentinos não poderão buscar passageiros na rodoviária e no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu e os veículos brasileiros não poderão pegar passageiros na rodoviária central e no Aeroporto Internacional de Puerto Iguazú.
Contudo, o transbordo está permitido fora do perímetro dos aeroportos e das rodoviárias desde que seja nos atrativos turísticos, parques nacionais, hotéis, restaurantes e outros pontos fora das rodovias ou vias públicas.
Taxis e remisses
Excluídos do acordo firmado em 2001, motoristas de táxis e remisses deverão apresentar lista de passageiros na aduana do país em que prestarão o serviço. Com a lista carimbada, terão direito de voltar a buscar os passageiros por um período de até sete dias.
Terceirização
A maior novidade no acordo para agências de turismo e viagens é a possibilidade de terceirização dos serviços. As empresas poderão contratar outros veículos – desde que os carros tenham os selos do Foztrans e da Direcion de Trânsito de Puerto Iguazu – para realizar o atendimento solicitado em hotéis, restaurantes, atrativos turísticos e no Parque Nacional do Iguaçu, em ambos os países.
Uma fronteira com fronteira
“O ideal é que tivéssemos uma fronteira sem fronteiras. Um dia, talvez, isso seja possível. Mas, com diálogo e maturidade, conseguimos avanços importantes nesse acordo, em busca de uma integração maior entre brasileiros e argentinos e da melhoria de qualidade do nosso serviço de receptivo turístico no Destino Iguaçu”, afirma o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla.
Ele assegura que “a reciprocidade será a palavra-chave a partir desse acordo quando o assunto envolver aeroportos e rodoviárias”.
"A mudança coloca fim a problemas recorrentes entre taxistas e agências com a fiscalização do país vizinho. Equacionamos as questões de trânsito e turismo e assim evitaremos excessos dos dois lados favorecendo uma maior visitação aos atrativos", destacou o superintendente do Foztrans, Fernando Maraninchi.
"Com a falta de segurança jurídica, as agências de Foz encontravam dificuldades para incluir nos pacotes os atrativos do lado argentino. Acreditamos que a partir de agora teremos aumento na quantidade de turistas nos dois lados da fronteira em função deste documento que garante maior tranquilidade na operação do receptivo e do transporte no Destino Iguaçu", explicou o presidente do Sindetur, Licério dos Santos,