A renovação de um contrato que se arrasta desde o começo de 2020 para a colocação de 815 abrigos de ônibus chegou ao limite e nesta sexta-feira (8) o secretário municipal de Serviços e Obras Públicas, Sandro Rocha Rancy, confirmou que eles farão a rescisão do contrato com a empresa – que desde que foi firmado, já foi prorrogado por 16 vezes. Ao todo ficou ainda para serem instalados 131 abrigos desde a última prorrogação em julho deste ano.
Segundo Rancy, desde o começo do contrato com a empresa até agora, a Prefeitura ofereceu todas as condições para que ela pudesse executar o planejamento previsto – que é de uma grande revitalização dos abrigos de ônibus da cidade, mas que agora não tem mais o que ser feito. “Tínhamos os abrigos de ônibus, ou seja, nós estamos fazendo só a revitalização, mas infelizmente chegamos ao final desse contrato, não está sendo possível dar a continuidade”, confirmou.
Dificuldades
Para o secretário, a empresa já teve todo o tempo suficiente para conseguir encerrar os serviços que se arrastam há muito tempo. Ele lembrou ainda um episódio que atrapalhou foi a pandemia, mas que em seguida foi recalculado e reequilibrado o contrato e valores, que não trouxe resultado. “Estamos nessa tratativa e imediatamente já vamos abrir uma nova licitação para dar continuidade à execução desses abrigos que faltam”, explicou.
Desde que foi firmado e na grande parte das prorrogações, a empresa alegou dificuldades para manter a entrega do que foi firmado, às vezes devido ao preço dos produtos e outras até pela falta deles. Em vários casos ainda, os pontos eram instalados, mas faltava a colocação de itens que, antes mesmos de estarem prontos, os abrigos já estava vandalizado ou com outros tipos de problemas.
Contrato
O contrato inicial previa um valor de cerca de R$ 13 milhões que com todas as atualizações já estava na casa dos R$ 17 milhões. A ideia inicial do Município era de substituir os antigos pontos que não tinham estrutura lateral e lixeiras e deixar mais moderno, além da colocação de calçada no espaço com a garantia de mais acessibilidade. O último prazo de instalação dos abrigos vencia neste mês de novembro.
A obra é financiada pela Caixa Econômica Federal, com recursos do FGTS e que tem 5% de contrapartida do Município de Cascavel, para a instalação de todo o conjunto desde a construção da base, calçada e das rampas de acesso.