Cotidiano

Marido de médica morta a tiros faz apelo pela segurança no estado

13315608_1186430788054774_3383971177855968553_n.jpgRIO – O cirurgião plástico Renato Palhares, marido da dermatologista Gisele Palhares Gouvêa, que morreu após ter sido baleada na noite de sábado no acesso à Linha Vermelha, esteve, na manhã deste domingo, no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, para providenciar a liberação do corpo da vítima para o Instituto Médico Legal (IML) do Centro. Na saída da unidade de saúde, Renato, ainda em estado de choque, fez um apelo ao governo e ao secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame.

– Estou abismado com a violência. Queria pedir para as autoridades repensem a segurança do estado. Não podemos viver nessas condições. Minha mulher era uma anja. Ela não precisava trabalhar se não quisesse, porque eu tinha condição de sustentar a família. Mas ela fazia questão de ajudar pessoas necessitadas – contou o cirurgião, que autorizou a doação da córnea como Gisele desejava.

A preocupação com a segurança era um tema debatido pelo casal. Uzias Gouveia, pai da vítima, disse que eles tinham a intenção de blindar o carro.

– Ela fazia este trajeto diariamente e estava muito preocupada. A ideia era blindar o carro agora em julho – comentou.

Ao saber do caso, o governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles foi categórico.

– Que desastre. Está muito grave a crise na segurança – disse.

A médica Gisele Palhares Gouvêa, de 35 anos, foi baleada e morreu, por volta das 19h de sábado, na Via Dutra, no acesso à Linha Vermelha. Ela estava sozinha em seu carro, um Land Rover, e, segundo a Polícia Militar, foi vítima de uma tentativa de assalto. A vítima foi atingida por ao menos um tiro na cabeça e chegou a ser levada para o hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. O carro foi perfurado por dois disparos.

A ocorrência foi registrada na 39ª DP (Pavuna), que já inciciou as investigações preliminares. De acordo com o comando do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), viaturas que faziam o patrulhamento na Linha Vermelha na noite de sábado foram acionadas em razão de uma tentativa de roubo na Via Dutra no acesso à via expressa. No local, os agentes encontraram a vítima ferida a tiros por criminosos, que fugiram na sequência. Imediatamente, o BPVE iniciou um cerco na região, que conta, desde janeiro, com o reforço no policiamento com apoio Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE). O comando da Unidade determinou que, além de buscas pelos suspeitos, fossem realizadas operações de blitz no trecho do crime, que foram retomadas às 5h deste domingo.