Um dos nomes mais polêmicos da Olimpíada de 2016, Renaud Lavillenie voltou a competir nesta quinta-feira. E assim como no Engenhão, quando acabou perdendo o ouro na disputa do salto com vara para o brasileiro Thiago Braz, o francês ficou com a segunda colocação, na etapa da Diamond League, em Lausanne, na Suíça. Desta vez, porém, sem as vaias que tanto irritaram o atleta europeu no Rio. Aliás, sua marca caiu em relação a dos Jogos: 5,72m (em sua última tentativa da prova olímpica atingiu o índice de 5,98m). A vitória ficou com o americano Sam Kendricks, bronze no Rio-2016.
A disputa da Diamond League continua neste sábado, na etapa de Paris, no Stade de France, em Saint-Denis.
Na Suíça, Lavillenie dividiu a prata com o polonês Pitor Lisek. O francês errou nas três tentativas de passar os 5,80m. Já o Kendricks passou duas vezes a marca. Thiago Braz segue no Brasil e não participou do torneio.
Campeão olímpico em Londres-2012, Lavillenie era favorito para conquistar o bicampeonato no Rio-2016. A polêmica envolvendo o saltador aconteceu enquanto disputava a medalha contra o brasileiro. Braz fez um salto impressionante de 6,03m (nunca havia passado dos seis metros), estabelecendo também o novo recorde olímpico. Pressionado, o francês precisava bater a marca, mas foi vaiado pela torcida da casa. Acabou com a prata. Chateado, classificou o público como ?desrespeitoso?, entre outros adjetivos nada elogiosos, disparando inclusive um palavrão. Também chegou a fazer comparações estapafúrdias de si com Jesse Owens, o atleta negro norte-americano vencedor de quatro ouros em Berlim-1936, que competiu sob o regime nazista de Adolf Hitler. Para Lavillenie, o público brasileiro também o perseguira como o alemão fizera com Owens.
Logo em seguida, o atleta francês reconheceu o exagero. Mas seguiu atirando contra o público anfitrião, que, no conceito dele, trata-se de uma ?torcida de futebol? e ?vergonha para o Rio? e ?sem espírito olímpico?. Braz chegou a pedir aplausos para o rival, quando ambos receberam as medalhas, no dia seguinte. Mas a torcida, já informada das ofensas do francês, voltou a vaiá-lo. Ele chegou a chorar no pódio.

NOMES CONHECIDOS
Além de Lavillenie, outros nomes conhecidos do torcedor brasileiro, que estiveram na Olimpíada, disputaram a Diamond League. Usain Bolt não compareceu à prova dos 100m rasos, mas a Jamaica contou com Asafa Powell. O companheiro do homem mais rápido do mundo venceu sem problemas, com o tempo de 9,96s. O polonês Piotr Malachowski, prata no Rio-2016 no lançamento de disco, não repetiu a atuação dos Jogos e terminou na sexta colocação.
Já Caterine Ibargüen, primeira colombiana campeã no atletismo na história das Olimpíadas, repetiu o feito do Engenhão e faturou mais uma vez a medalha de ouro no salto triplo feminino, com a marca de 14,76m. A segunda colocação coube à Olga Rypakova, do Kazaquistão, e, a terceira posição ficou com a grega Paraskeví Papahrístou.