Uma pessoa morreu e 40 ficaram feridas após um ataque com carro-bomba em Diyardbakir, a maior cidade curda no sudeste da Turquia, nesta sexta-feira. No entanto, o ministério da Justiça turco afirma que “tanto civis como policiais foram mortos”, sem confirmar o número de vítimas.
A explosão aconteceu horas depois que líderes do principal e maior partido curdo na Turquia (PKK) foram presos em uma investigação ‘antiterrorista’. O ataque foi realizado em uma área próxima da delegacia de polícia, onde alguns dos partidários curdos estão encarcerados.
As autoridades locais de Diyarbakir afirmam que a autoria do atentado é do Partido dos Trabalhadores do Curdistão.
Nos últimos meses, o PKK, considerado pela Turquia e seus aliados ocidentais como um grupo terrorista, reivindicou a responsabilidade por ataques contra a polícia em todo o país.
A região sudoeste da Turquia vive uma luta diária entre as forças do PKK e de segurança desde a trégua foi quebrada em 2015. Este conflito deixou mais de 40.000 mortos desde 1984.
O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, disse que a detenção dos deputados do PKK na Turquia está de acordo com lei. A polícia invadiu casas e prendeu também os líderes do HDP, segundo maior partido de oposição do Parlamento, e outros 10 senadores depois que eles se recusaram a prestar depoimento por crimes ligados à “propaganda terrorista”. Segundo o governo turcos, o HDP e PKK estariam trabalhando juntos.